Arte ou Sacanagem?

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Dizem que a maldade está nos olhos de quem vê, e que se não há excitação, não é pornografia, ao menos foi uma das desculpas do Larry Flint. Eu acho que o buraco é mais embaixo (com trocadilho). Quando a coisa é tão complexa ou destacada do cotidiano, não dá para entender de cara se o propósito foi excitar OU NÃO.

Vejam o caso deste sujeito, que fez um belo trabalho em flash, com modelos “de verdade”, vestidas. Quando tocadas pelo ponteiro do mouse, ficam nuas.

A coisa melhora. O sujeito se deu ao trabalho de fotografar as mulheres de frente e de costas, clique com o mouse e vemos as cidadãs em seus trajes de nascença, exibindo sua (em geral) ausência de bunda.

Não estou falando de nada lascivo como a loura do Virtual Bartender. (Não deixe de dar o comando ‘kiss’).

Não há nenhuma referência lasciva ou safada explícita, mas convenhamos, mostrar mulheres peladas, mesmo não carecendo de propósito, precisa de uma fachada.

O site – ok, ok, aqui está o link, pronto – foi criado por um tal Reynald Drouhin, segundo ele é uma expressão artística. Não tenho a sensibilidade para concordar com ele, nem estou subindo pelas paredes a ponto de achar altamente excitante, então fico em cima do muro.

EU gostei, pelo menos é diferente. É uma prova de que mulher pelada não é, nescessariamente, sacanagem. Isso já foi demonstrado, por exemplo, no filme “Requiem for a Dream”.

Quem tem estômago fraco, não recomendo. É uma história de um grupo de amigos que se envolve com heroína, cada um com um final mais trágico que o outro. Não há nada de moralista no filme, é uma pérola do cinema independente, altamente recomendável (para quem tem estômago forte).

O filme promete realizar a fantasia de muita gente, tem Jennifer Connelly, a LINDA Jennifer Connelly nua em várias cenas, culminando com uma cena de sexo lésbico com um double-headed dildo, cercada por uma roda de homens.

Acredite, dá pra ver a cena e não sentir um pingo de nada. É um show de como um roteiro e uma direção competentes conseguem manipular o espectador. Se existe a Suspensão de Incredulidade, o diretor inventou a Suspensão de Sensualidade, em prol da história. Palmas pra ele.

A maldade, assim como tudo mais, está na sua mente, Neo.



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