Fiz.TV: como vender seu peixe para blogueiros importantes e até pra mim

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Vida de blogueiro é complicada. Ou são vacas magras, ou são vacas gordas ou são vacas que fingem que não lêem nosso blog mas ficam chorando sozinhas em casa pensando no quanto estamos bem sem elas.

Quando não são divagações bovino-metafísicas, são complicações logísticas. Imagine: No último dia do Microsoft Remix 2007, o pessoal da Fiz TV monta um encontro de blogueiros mega VIP exclusivo daqueles que nem a Paris Hilton é convidada. (quem seria a Paris Hilton da blogosfera? Cartas para a redação) Convidam um grupo de 20 blogueiros populares e da moda, eu e o Fugita.

Como essa coisa de blogueiro recluso, J.D. Salinger do WordPress, Rubem Fonseca dos trackbacks não dá futuro, era melhor ir ao vivo conferir essa blogosfera chique e antenada. Saímos no Fugita-5 para um trânsito horroroso na Marginal, mas milagrosamente chegamos meio que no horário. Também valeu para descobrir que no Brasil não há aquela percepção popular de que japoneses dirigem mal, como nos EUA. Fiquei apavorado à toa.

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A casa da Fiz TV estava super bem montada. Uma startup muito bem ajeitadinha. Com direito ao um prédio ao lado com 8 andares de estacionamento e manobrista, para os blogueiros guardarem os egos. Excelente. Foi muito legal conhecer gente nova, bater papo com o Stamboni do Tarja Preta (embora ele não soubesse que na Idade das Trevas computadores usavam gravadores K7 para guardar programas), a Bruninha, do Sedentário, a Renata, do Gamer Girl e o Renê, do GoogleDiscovery, entre outros.

Bem servidos de pizza e cerveja, fomos ver o que diabos era essa tal de Fiz TV.

Não é que o negócio pode dar samba?

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A idéia, veja bem, não é competir com o YouTube, como inicialmente parecia. A idéia é fazer uma parceria entre Internet e TV convencional. Os visitantes sobem seus vídeos, que são avaliados pelos visitantes. Os melhores são tratados, remasterizados, equializados carimbados, avaliados e exibidos em um programa de TV, da TVA.

Você, caro videomaker, passa a ganhar um novo canal, a boa e velha TV.

Mas caracoles, um programa em um canal de TV por assinatura NUNCA tem o mesmo alcance que um vídeo no YouTube.

Verdade, mas se você soltar fotos da sua prima pelada no IRC não vai chegar aos pés da credibilidade de mostrar uma Playboy com ela na capa. Manjou a diferença? Chama-se credibilidade. Subir vídeo pro YouTube é fácil. Qualquer idiota sobe vídeos pro YouTube. Eu subo vídeos pro YouTube. Difícil é convencer alguém a assistí-lo. É como blogs. Todo mundo lê nossos blogs. Passe a cobrar, veja quanta gente fica. Dinheiro é algo que, bem, vale dinheiro, e não se dá pra qualquer um. Ver um vídeo passando na TV significa que algumas pessoas detentoras do poder de decisão acreditaram nele o bastante para investir tempo e dinheiro em sua exibição.

Por isso o efeito do Fiz TV não é proporcional à audiência.

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Como blogueiro juramentado e fiel ao juramento “siga seu fígado”, adorei o evento. Second Life my ass, como nos velhos tempos dos BBS, encontro bom é encontro ao vivo. Afinal no Second Life não dá pra se usar a cantada #1 da blogosfera: “Nossssa… isso sim é uma blogueira de US$30 mil”.

Não que eu tenha usado. Acho.

Os presentes:



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