Cardosopalooza 2007 – Montevidéu – Nospheratt existe!

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Eu havia planejado conhecer mais lugares em 2007, mas as circunstâncias acabaram me restringindo. Mesmo assim conheci Ubatuba, Macaé, onde entrevistei a Madame Bela, os diversos barcamps, blogcamps e similares, São Francisco Xavier, onde conheci ao vivo e a cores a Liliana, entre outras viagens menores.

Mesmo assim, faltava algo para se tornar o ponto culminante do ano.

Foi aí que entrou a Nospheratt.

Uma amiga que fiz de graça, até porque se falasse que pagaria ela com certeza iria cobrar ;)

A vista do corredor do hotel

Morando longe, muito longe, no Uruguai, seria uma das últimas blogueiras que alguém pensaria em conhecer, mas eu sou chato e gosto de ser diferente, portanto comecei a maquinar uma visita. Descobrindo que a passagem São-Paulo/Montevidéu não chega a ser R$30,00 mais cara que a Rio/São Paulo, e que a diária no Ibis Montevidéu era R$40,00 mais barata que a do Ibis da Paulista, fiz as contas e vi que a única coisa que me impedia de visitar a Nosph era falta de vontade de mexer meu traseiro gordo e ir atrás.

Juro que a localização do hotel foi coincidência e que este post / viagem não foi patrocinada pela Microsoft.

Mas… uma aventura dessas precisa ser compartilhada. Não é legal ir sozinho, nem com gente chata. Em minha curta lista de gente doida o bastante pra topar esse tipo de coisas está a Liliana. Que, como previ, adorou.

Avisei pra Nospheratt que iria com uma amiga. Ela ficou com a pulga atrás da orelha. Queria saber quem era, tinha medo de ser uma chata, chegou a devanear achando que eu iria levar alguma criatura questionável. Eu não contei.

Nos encontramos em Guarulhos, e aí perdi a chance de faturar um hype FANTÁSTICO. Eu quase sempre filmo as decolagens e pousos, mas como estava acompanhado achei que seria falta de cortesia virar pro lado e atuchar a câmera na janela. Como toda boa ação tem sempre uma punição, durante a decolagem o computador de bordo acusou uma falha em algum sistema, o piloto meteu o pé no freio, abortou o procedimento e quase todos os passageiros ficaram com cara de bunda, vários apavorados.

Que ódio. Agora filmo TUDO.

Trocamos de avião, fizemos escala em Porto Alegre e seguimos para o Uruguai. Chegamos sem maiores problemas, e no aeroporto a Nospheratt nos esperava. Quando viu a Liliana ela teve um treco. Viram, meninas? Confiem no Tio Cardoso, ele não deixa ninguém na mão.

Em uma prova viva de que esses psicólogos “especialistas” são uns grandes babacas, em cinco minutos conversávamos como velhos amigos. E ainda tem babaca que diz que Internet isola as pessoas.

Entre o aeroporto internacional e o hotel já deu pra perceber o quão bonito o Uruguai é. Muito espaço, pouca gente, construções antigas no sentido de clássicas, não no de velhas.

Um dos típicos prédios da Rambla

Ficamos de frente pra Rambla, que é como chamam o calçadão da praia por lá. Do quarto do hotel dava pra ver o mar, digo, o Rio da Prata, a mixórdia de carros que eles chamam de trânsito e um paulista de paraíso. Feito o check-in, chaves dos quartos nas mãos, abandonamos as malas e fomos catar um bar, que em espanhol se chama bar.

A Nospheratt é uma bela ruiva de profundos olhos castanhos, lábios bem delineados e um lindo sotaque do sul absolutamente perfeito, pois ela não fala “tchê”. Ah sim, vocês não a verão nas fotos, ela quer manter o mistério, então fica: Meninos, eu vi. Vocês não.

Da direita para esquerda: Liliana, o CyberMarido uruguaio e a Nospheratt, o Lombardi da Blogosfera.

Seu cyberMarido é um sujeito nota 10, com um vozeirão de cantor de tango, que poderia ganhar a vida como Mariachi, se essas referências não fossem todas geograficamente erradas. Ao contrário dela, ele é Uruguaio de carteirinha, mas como toda criatura de fronteira, fala um português excelente. Dá gosto conhecer um casal que já passou por poucas e boas mas FUNCIONA. Eles estão construindo algo (e não falo da casa) e isso é muito legal. Aposto inclusive que de vez em quando falam um com o outro pelo MSN, mesmo estando a um braço de distância. É assim mesmo, gafanhotos. Sei quanto é bom e eu os invejo.

De uma casa centenária ela comanda seu império de blogs, alguns que nem temos idéia que existem. Ela mora em um paraíso para blogueiros misantropos, um país com meros 3 milhões de habitantes, uma qualidade de vida fantástica e a capital mais arborizada da América Latina, quiçá do mundo.

A cidade é antiga mas moderna, todo canto há WIFI, praças, cafés, restaurantes simpáticos e gente educada. Já a elegi para o Primeiro Encontro Internacional de Blogueiros, com data a ser marcada.

Viajar para conhecer lugares é bom, viajar para conhecer pessoas é ótimo. Viajar como blogueiro, sabendo que posso trabalhar de qualquer lugar, transformar em carne e osso gente que só conhecemos por idéias, é algo que não tem preço.

Saiam mais, não esperem BarCamps e BlogCamps, marquem mais chopps, passeios e churrascos. A blogosfera funciona MUITO melhor quando seu objetivo, fazer gente se comunicar com gente, é atingido, e nada melhor que interação ao vivo para isso.

Com a vantagem de que ao vivo NUNCA aparece nenhum troll.

Para todas as fotos da viagem, visitem este conjunto de tags do Flickr.



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