Novas Mídias, velhos ideais? Inclua-se fora dessa.

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O vídeo abaixo é a versão mais tosca de Guerra nas Estrelas que já vi, incluindo o Especial de Natal. A cereja do bolo é a “trilha sonora”. Só que a grande revolução não é cinematográfica. Não acho que facilitar a divulgação de lixo seja estatisticamente válido para promover novos talentos. Não entendo YouTube, Videolog, Blogs como “passagem”, não gosto da idéia de gente que monta um blog só para arrumar emprego e depois dá um Pé na Bunda no blog, que “cumpriu sua função”.

Vejo toda essa revolução de comunicação como um fim. Não um “meio de expressar o que não tínhamos como botar pra fora”. Isso é emo demais.

Antes de Internet, câmeras baratas, Windows Movie Maker as pessoas JÁ faziam filmes domésticos. Já faziam paródias. Logo após o lançamento de Guerra nas Estrelas, em 1977 surgiu o clássico Hardware Wars, com uma bola de basquete como Estrela da Morte e uma furadeira como arma-laser. A vontade de fazer esses fanfilmes sempre existiu. E era satisfeita, quem queria corria atrás.

Vídeo achado no Geekologie

O que temos hoje são novas possibilidades. Nos velhos tempos ninguém sentava em uma manhã de sábado sem fazer nada e sugeria “vamos fazer uma paródia de Guerra nas Estrelas em 15 minutos sem gastar nada, pra ver o que acontece?”. Ninguém ficava filmando um gato horas pra ver se ele fazia alguma gracinha, ou tirava 500 fotos de alguma coisa.

As novas tecnologias criaram novas possibilidades, e ESSES são os grandes filmes. Um clipe do Rick Astley, por Odin, ninguém merece. Já um Rickroll é um fenômeno. Ver comerciais online não é revolução, o Lula Vieira já apresentava o Intervalo (valeu, Gi) na TVE e a maior parte do programa era dedicada a comerciais. Um comercial no YouTube não tem nada de revolucionário. Já usar a ferramenta como o genial Wario Land fez, é algo de se bater palmas.

O segredo do sucesso nas novas mídias é usá-las de formas novas, é descobrir algo que não foi feito antes, e fazer, de preferência direito.

O Estadão usa o Twitter de forma porca. Apenas repete as manchetes do plantão, poluindo o Twitter de todo mundo. Resultado? Meros 182 seguidores. Não é mandando 20.984 mensagens que ele se tornará relevante. Pelo contrário. São dois trabalhos, assinar e remover.

Por outro lado eu gostaria muito de saber quem é a agência que cuida da conta online do Carrefour. Vejam essa que achei no Pensa, Rics, Pensa!

Meu micro foi pro espaço, você sabe. Eu só estava conseguindo usar porque tinha comigo um LiveCD do OpenSUSE, então aproveitei pra enviar um post pro blog e avisar no Twitter que provavelmente ficaria alguns dias offline. Disse que meu micro tinha dado problema, que teria que comprar uma placa de vídeo nova e tudo o mais. Missão cumprida, fui dormir tranquilamente.

No outro dia pela manhã, no Twitter, me aparece uma mensagem do @carrefourbrasil dizendo “@pensarics Aproveita essa #promoção e compra um novo.” com um link direto pra página da tal promoção. O produto que eles me ofereceram era exatamente o que eu estava precisando, ou seja, um micro novo num ótimo preço.

A personalização é uma arma tão poderosa de vendas que muita gente (comunista) acha que deveria ser ilegal. Convenhamos, o vendedor que conhece o cliente pelo nome, sabe seus gostos, só precisa meter a mão no bolso do sujeito e tirar a carteira, o resto já está feito.

O uso original do Twitter, de forma proativa (viu? Falei quenemque marketeiro) foi o grande diferencial.

Diferencial esse que vai determinar sua posição na pirâmide evolutiva do mundo atual. Se você usa Twitter, MSN, Flickr, Facebook, Orkut, Blip.fm, Videolog, RSS e etc de forma convencional, você continua sendo um simples seguidor, parte da manada.

Os líderes estão lá na frente, pensando em novos usos para as novas tecnologias.



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