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Um dos traços evolutivos mais marcantes do Homem é a competição. Isso não tem nada a ver com orientação sexual, como a cena do vôlei de praia de Top Gun mostra muito bem. Na verdade nem gênero ou raça influenciam no desejo em si, apenas na habilidade, que o digam os japoneses do tênis de mesa. A vontade de vencer, superar é a mesma.

Está em nosso DNA, admiramos quem é bom de caçada, quem é grande guerreiro (embora guerra não torne ninguém grande) e transferimos isso para as atividades ritualísticas que no fundo são meras representações dessas atividades.

Ao acompanharmos um time ou um esportista no fundo estamos desencadeando processos mentais arcaicos, aquele atleta poderia ser um Leônidas, que nos levaria à Vitória e à Segurança (ok, PÉSSIMO exemplo). Estar no lado dos vencedores É algo útil do ponto de vista evolucionário, fêmeas que escolhem os machos-alfa tendem a gerar descendentes, as que escolhem os machos-nerds geram no máximo lanche pros machos-alfa.

Entender isso é essencial até para controlarmos esses instintos. Um lutador de vale-tudo tem que saber que não VALE tudo, um jogador de futebol tem que conhecer e respeitar as regras e as fêmeas da espécie tem que saber que pelo menos devem manter as aparências, pra não gerar climão. O Zé Mayer não vai fugir, pô!

NÃO entender isso é negar nossa condição Humana, é tentar forçar uma estrutura de valores que não ressoa exceto nas mentes mais hipócritas. Como a desses canadenses babacas:

A Gloucester Dragons Recreational Soccer league é uma divisão de times infanto-juvenis de futebol no Canadá. Ou juniores, sei lá. São 200 times com idade de até 18 anos. Um belo torneio, certo?

Imagine você que instituiram uma regra, e vai em destaque:

“SE UM TIME GOLEAR O OUTRO COM MAIS DE 5 GOLS DE DIFERENÇA SERÁ DECLARADO PERDEDOR”

Isso mesmo. O resultado são jogos onde após marcar 5 x 0 ou 6 x 1 o outro time começa a tocar bola fazendo hora.

Habilidade, talento, estratégia, inteligência? Nada, essas crianças estão sendo PUNIDAS por jogarem bem. Da mesma forma que crianças brasileiras superdotadas não ganham educação especial por pedabobas considerarem isso “discriminação” com as crianças burras, os jogadores talentosos não podem se esforçar, se um fizer um gol sem-querer, corre o risco de ser expulso.

E não é só lá. Nos EUA um time de basquete feminino de uma escola ganhou de 100 a 0 de outra. Agora o treinador foi demitido e a escola está pedindo desculpas dizendo que as meninas se excederam e que tiveram uma atitude “não-cristã”.

Como assim, Bial? É o coitadismo brasileiro sendo globalizado? Vencer honestamente agora é feio?

Bem, muitas escolas não usam mais caneta vermelha para corrigir provas, isso traumatiza os preciosos floquinhos de neve.

Essas crianças vão chegar na Vida Real (ou sequer no Futebol Real) esperando que quando estiverem perdendo alguma Regra Mágica interceda e controle as perdas? Isso não funciona, nem pra quem acredita em Regras Mágicas e arbustos ardentes.

Aí, quando perceberem que até a Academia desistiu do politicamente correto “and the Oscar goes to” e voltou ao “the winner is”, essa galerinha vai tentar se revoltar. Só que estarão tão castrados, tão adestrados e tão desacostumados a ser contrariados que até para a Revolta precisarão do apoio da mídia da sociedade da tradição e da família.

E nós diremos: “Te vira, meu nego”.



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