Líderes de pelotão e Comandantes de Companhia do Exército dos EUA estão recebendo um PDA para uso em combate, rebatizado de Commander’s Digital Assistant. Se você acha que o seu Palm está protegido na case de alumínio, pense novamente. O CDA não é lá muito “de bolso”, mas agüenta muito mais pancada que qualquer iPod Nano da vida… |
>BigBlackGuyQñnegafogo diz: Oi gt, de onde teclas?
Durante muito tempo o padrão para PDA de uso intenso, o chamado chão-de-fábrica, eram os Symbol. Funcionavam muito bem, foram o padrão para coleta de dados inteligente, mas não se comparam a um equipamento projetado para uso em combate.
O must de 2002, hoje os Symbols são apenas uma lembrança
Os CDAs são atualizados a cada ano. O modelo 2005 terá integração com telefonia via satélite (roam-se smartphones). Sendo basicamente um PDA Windows Mobile em uma case ultra-mega protegida, um conjunto de bateria externo com durabilidade de [classified] horas, um receptor de satélite que serve principalmente para download de informações durante combate e, o mais importante, uma stylus presa com uma cordinha.
Sim, é grande, feio e desajeitado, mas funciona. Clique para ampliar
A conexão de rádio originalmente era uma SINCGARS* ASIP, e se a sigla parece impressionante, as capacidades dos CDAs são mais ainda.
* SINCGARS – SINGLE CHANNEL GROUND and AIRBORNE RADIO SYSTEM
Tecnologia integrada de radios projetada para uso em território hostil. Conta com diversas proteções, camadas de encriptação e contra-contra-medidas eletrônicas, para compensar interferência inimiga que venha na forma de ondas de rádio, e não balas de AK-47.
Os CDAs são projetados para funcionar em modo peer-to-peer, ou seja, achar outros CDAs amigos (ou equipamentos que utilizem o protocolo) na proximidade e trocar informações com eles, automaticamente.
Um aprimoramento importante é a incorporação de protocolos BFT – Blue Force Tracking, que é uma forma bonita de dizer “sistema anti-cagadas”, que visa diminuir (ou evitar, em um mundo ideal) o chamado “fogo amigo”.
Outro modelo de CDA também Windows
Assim, se o Tenente Ryan recém-saído da academia marca uma posição inimiga no CDA e remete para o pessoal da artilharia, antes da besteira feita o sistema detectaria que naquela posição há um outro CDA, gente boa, amigo, camarada, e que aquele tenente idiota não deveria acabar com o dia dele mandando uma salva de obuses de 155mm.
Um CDA é utilizado para passar atualizações durante uma missão, informações principalmente gráficas (ninguém tem muito tempo de ficar lendo longos textos operacionais enquanto o chumbo está voando) e permite pesquisas em tempo real.
Avião-robô Predador voando ao lado de um porta-aviões
O sistema também permite mensagens estilo Instant Messenger, conexão com GPS e outros refinamentos.
Também é possível a agregação de informações de uma série de plataformas de sensores, como robôs TALON e Predador.
Um avião-robô desses passando por cima da sua zona de combate, enviando imagens e informações em tempo real para um líder de pelotão é algo que pode ser tão útil e salvar tantas vidas quanto ter um outro tipo de Predador do seu lado numa guerra.
O Tallon hoje em dia só desarma bombas,
protótipos armados como o da foto não
estão ainda sendo usados em combate,
diz o exército. TÁ, digo eu.
A expectativa do Comando do Exército é que no futuro todo soldado tenha seu CDA. Isso permitirá um controle mais detalhado das tropas em combate, sensores médicos solicitariam automaticamente ajuda em caso de ferimentos debilitantes (não mais o clássico ‘MEDIIICC!’ do Band of Brothers) e movimentações serão planejadas em tempo real com mais precisão.
O modelo FBCB2-CDA conta com um processador xScale com capacidade superior a 500MHz, GPS e um interessante feature, que possibilita apagar rapidamente a memória do dispositivo, tanto local quanto remotamente. Bem melhor do que no tempo dos mapas de papel, que eram capturados intactos pelo inimigo.
Curiosamente nenhum dos modelos em uso ou em estudo rodam PalmOS. A clássica justificativa do sistema operacional da
Um bicho desses pode arruinar o seu dia
Já foi divulgado que Predadores equipados com mísseis Maverick (nenhuma relação com Tom Cruise) foram usados em combate. Nada impede que ao invés da guiagem ser feita pelo operador do Predador, seja feita por um combatente em campo, via CDA. Isso sim seria uma Killer Application.