Hoje é Dia de Ver Deus
Pagando Tom Hanks em Buenos Aires. E no Rio.
O Garfi chegou a achar que eu estava retido em Buenos Aires, mas gostaria de esclarecer que os boatos de minha assimilação e transformação em argentino são um tanto exagerados.
Se bem que foi por pouco. Antes de ir para o Aeroporto decidi esperar a Mari Jô, do Nomadismo Digital voltar de sua compra de alfajores para subornar as filhotas e poder viajar sem chantagem emocional. Claro, chegamos em cima da hora. Aí descobri que o check-in da Aerolineas Argentinas ficava em outro terminal (como um aeroporto vagabundo daqueles tem DOIS terminais?). Despedi-me da MJ, saí correndo e CLARO, cheguei com menos de meia-hora. E CLARO, não consegui embarcar.
CLARO, era uma sexta-feira. CLARO, início da temporada de férias na Argentina. CLARO, início do Caos aéreo lá. Filas, filas, todos os vôos lotados.
Uma passagem EZE-GRU de menos de US$400 estava sendo vendida por US$800. Portanto tive que usar de toda a simpatia que economizei respondendo leitores para conseguir convencer as moças do balcão que eu embarcaria como fosse, e que a solução que achassem eu ficaria feliz.
Toda hora passava uma por mim, olhava, falava no rádio, a moça do balcão quando não atendia outro passageiro olhava pra mim e digitava. Parecia cyber-sexo de mão-única.
Um brasileiro babaca começou a discutir com elas, depois ficou esbravejando “país de merdaaa…” em frente ao balcão. Eu saí 21:16, ele ainda estava por lá. E foi ficando.
No final um vôo de 20:30 atrasou, foi sair 21:50. A moça bonita conseguiu me encaixar (no bom sentido) e me mandei. Quando entrei no avião, sem deu pra acreditar. Não só eu estava voltando para o Brasil como ela havia me encaixado em uma vaga na classe executiva. Isso mesmo, com direito a talher de verdade e refeição com vários pratos.
Claro que cheguei em Guarulhos no fiofó da madrugada. Nenhum vôo pro Rio e pegar táxi para Congonhas ou Rodoviária não adiantaria. Acionei meu modo maníaco, liguei o iPod e fiquei vendo Big Bang Theory até cinco da madruga. De lá, Bus Service para o Tietê, 1001 pro Rio e cama.
Valeu cada minuto.
Proxxima 2008 – post-mortem
A Dama e o Vagabundo – Cardoso entrevista Madame Bela
A parte mais simples desta aventura foi o título. Eu passeando por uma linda cidade do Interior do Litoral (vá entender) do Rio, tomando minha bebida no bar do hotel, vendo o marzão ao fundo… em plena segunda-feira. Definitivamente eu estava dando munição aos que chamam ProBloggers de vagabundos. Já minha entrevistada é a conhecida blogueira e Dama da Noite Izabela Araújo, a Madame Bela. Só que como combinamos de nos encontrar no começo da tarde, de dama da noite virou só dama. Portanto, o título era inevitável.
A idéia de começar esta série de entrevistas é antiga, só faltava criar vergonha na cara, mexer meu traseiro gordo e correr atrás. E nada melhor pra correr atrás do que mulher bonita. Mas eu queria algo mais. Tinha que ser alguém que incomodasse, alguém que não fosse unânime, mas que não fosse apenas polêmica vazia. E que personalidade mais incômoda à hipocrisia vigente que uma garota de programa? Que personalidade mais incômoda à blogosfera conservadora que uma garota de programa que bloga, bloga bem e não se faz de coitadinha?
Marquei a entrevista. Completa, com aparelhos (no caso o PDA pra gravar o bate-papo). Combinamos que ela me encontraria no Ibis de Macaé, que por sorte ela conhecia. (ok, isso foi forçado. Tenho quase certeza de que ela esteve lá antes) e para um sujeito que está acostumado a esperar, e já levou mais bolos do que seria recomendável (ah se meu blog falasse…) a pontualidade dela foi excelente.
A Bela é meio camaleão. Apesar de ser um mulherão, ela chegou desarmada (exceto pelo chicote) e esbanjando simpatia. Definitivamente ela sabe deixar um blogueiro tímido à vontade. Conversamos bastante, e como sempre as melhores partes não foram gravadas. Mesmo assim ela me fez rever diversas posições, abriu minha mente para algumas coisas óbvias que eu não tinha sequer considerado, por puro preconceito. (calma, não tem a ver com veadagem).
Por exemplo: Eu passei a implicar com a Bruna Surfistinha, depois que ela começou sua fase Cinderella. Achava-a deslumbrada e falsa ao mesmo tempo. Tentei, confesso, induzir a Bela a falar algo da Surfistinha, mas depois que ela me fez perceber que a Bruna era, afinal de contas, uma menina de 22 anos, e que passar 2 ou 3 anos na vida não iriam fazê-la amadurecer tanto quanto eu estava cobrando, vi o quando eu estava errado. E percebi que eu estava fazendo com a Bela o que alguns jornalistas tentaram fazer comigo e o Edney, jogar um contra o outro. Assim, se eu sou a Bela, o Edney é a Surfistinha, e não temos que brigar. Nem elas. Exceto no Gel. Se me chamarem pra ver. E garantirem direitos sobre a venda do DVD.
Falamos pouco mais de uma hora, e foi muito legal. Posso garantir que dá pra se divertir com a Izabela sem tirar a roupa.
Se você quiser ouvir o áudio, disponibilizei dois arquivos, que você pode ouvir clicando no micro-ícone ou baixar, clicando com o botão direito e selecionando SAVE AS ou SALVAR COMO:
1 – entrevista1.m4a – 17MB – 32min38seg Versão em M4V – formato Podcast Enhanced com imagens, para usuários de iPod ou iTunes
2 – entrevista1.mp3 – 23MB – 32min38seg Versão em MP3 – para o resto
Abaixo a transcrição da Entrevista. Clique no Continuar lendo se estiver na página principal, ou continue lendo, se caiu no artigo direto. Divirta-se!