Suicide Bombers are Bad, mmmmkay?

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Alguém no Pentágono acha que propaganda ganha guerras, então resolveu investir em um comercial contra os Homens-Bomba. O problema é que esse tipo de campanha não funciona. É dinheiro jogado fora. Comerciais de TV contra homens-bomba tendem a funcionar tão bem quanto comerciais anti-drogas e anti-tabaco.

Bolas, todo fumante sabe que cigarro faz mal. Eles não gostam de tossir, não gostam de não poder subir escadas e não creio que um sequer afirme que cigarro não causa câncer, enfisema ou paumolescência adquirida. Mesmo assim eles fumam. Não vai ser uma foto de um rato do lado de uma barata que vai fazer alguém parar de fumar. Eles sabem que cigarro mata.

Da mesma forma as campanhas anti-drogas são risíveis, pois mostram jovens consumindo drogas em festas, todo mundo curtindo, a música melhor e mais alta por causa do Extasy, gatinhas dispostas a trocar um bolagato por um baseado OU se você for uma gatinha, carinhas que você faria de graça dispostos a te fornecer droga em troca de um “carinho”…

Alô pessoal da publicidade… Sexo fácil e descomplicado, balada direto e um monte de gente curtindo junto com você é exatamente o que todo adolescente procura. Mostrar isso é dar o mapa da mina. E não, não adianta mostrar imagens de gente tendo surtos esquizofrêncicos induzidos por drogas, em uma cela acolchoada, não adianta mostrar o clássico junkie com as veias estouradas, sabe o porquê?

Porque aquele ali, como a campanha faz questão de mostrar, é um loser, um perdedor, e eu, pensa o jovem, não sou um perdedor. Isso não vai acontecer comigo. É a mentalidade corrente, vale para drogas, para cigarro e até para o cinto de segurança. Quantas vezes já ouvi gente dizer “não uso cinto, eu dirijo com cuidado…”

A realidade não mostrada nas propagandas, que é de conhecimento de todo jovem, é que os losers efetivamente são uma minoria. Aliás, se não fossem, Darwin já teria dado conta deles faz tempo. Também não ajuda os responsáveis pelas campanhas serem exatamente os velhos caretas que os jovens não querem se tornar. Já vi gente dizendo que o videoclip Smack my Bitch Up , do Prodigy era excelente para uma campanha anti-drogas. Aonde, cara-pálida? Aquela criatura se diverte muito mais que eu!

O vídeo do terrorista vai, em minha opinião, aumentar a quantidade de homens-bomba, pois ele mostra o que acontece depois que o botão é apertado. O candidato a not-so-smart-bomb vê o horror á sua volta, vê a explosão em uma linda nuvem de fogo, parada no tempo com traidores e aliados dos infiéis (e alguns mártires de Allah) sendo lançados longe… é lindo, dá até vontade de experimentar. Onde eu assino, Samir?

Todas essas campanhas, contra drogas, álcool, sexo, rock´n´roll e atentados suicidas têm uma coisa em comum: Esquecem da RESPONSABILIDADE PESSOAL. O sujeito acorda com um dragão do lado e diz: “ah, foi a cachaça”. Não, não foi, você decidiu tomar a cachaça, então assuma o que fez sob influência dela. Isso vale tanto para o alcoólatra quanto para o sujeito que troca a cachaça por uma igreja, após uma lavagem cerebral e acha que está melhor por ter trocado seis por meia-dúzia.

Ao invés de ser agravante, cometer crimes sob influência de substâncias é quase um atenuante. Um motorista alcoolizado que se diga arrependido e frequentando o AA se safa com muito mais facilidade do que um que tenha tido um surto de raiva, sóbrio. Mães são muito mais atenciosas com o filho maconheiro que rouba dinheiro de sua bolsa do que com o filho que tira boas notas e não dá trabalho. Afinal, precisam ajudar o “coitadinho”. Aí temos jovens que não são mandados para a Universidade pois o dinheiro foi direcionado para pagar desintoxicação do irmão burro demais para usar drogas com responsabilidade.

Minha filosofia libertária abomina a idéia de impor o que qualquer um deve ou não deve fazer a si próprio, se isso não for prejudicar terceiros (aí acaba seu Direito), mas também exige que a pessoa seja responsável pelos seus atos. Ciente disso, meu philho, minha philha, vai fundo. E na dúvida, procure ajuda na Bíblia. Sério. Essa discussão toda de drogas, álcool, etc teria sido encerrada em sua gênese se seguissem as palavras de São Paulo, em Coríntios, 6:12:

Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas


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