Quando acompanhamos um blog é porque gostamos. Ou somos trolls masoquistas que só entramos pra falar mal e levar patada do blogueiro.
O problema é que nem todo blog se mantém fiel a seu formato original. Pessoas mudam, objetivos estratégicos mudam, sacos enchem, gente se entedia.
O Judão, por exemplo, continua a mesma coisa. Refinaram um pouco os textos, o que é natural para qualquer não-salsinha que escreve muito, mas a essência está lá.
Por outro lado temos blogs como o Diário de Um PM. Não sei se o fanfarrão do Alexandre levou uma chamada do Capitão Nascimento, ou se ele achou que seu blog seria mais útil como instrumento informativo para a categoria, mas seus posts estão raros e espaçados, e são basicamente convocações e avisos de assembléias.
Já o Fábio Seixas, depois de ir pros isteites como empresário de web, e de ser processado pelo Jeremias (o cara destes vídeos aqui. Não clique, é feio, ele não quer que o mundo saiba que ele foi preso, bêbado, encachaçado e patético) assumiu o lado empreendedor (não virtual, de verdade, dar dicas sem ter empresa é fácil) resolveu direcionar seu blog para outros megaempreendedores como ele.
Quem lia os dois blogs acima e percebeu essa mudança de rumo pode até ter se sentido traído. Não no nível do leitor do Polzonoff, que acompanhou umas 5 despedidas definitivas da Web, mas como um leitor que descobriu que o blogueiro tão familiar não fala mais para ele.
É chato? É, mas se o blogueiro não quer mais seguir aquela linha, não podemos exigir que ele continue escrevendo sobre coisas que não gosta mais, ou não considera prioritárias.
As observações do Fábio sobre web empreendedora serão boas, e ele continua uma referência, por mais que eu sinta falta dos posts mais pessoais. Se ele se forçasse a manter um estilo pessoal que não é mais o que ele quer fazer, ficaria ruim, e em breve eu cancelaria seu feed, o que não pretendo fazer hoje, mesmo “descontente” com o estilo novo do blog.
O leitor precisa entender que se conseguimos ser bem-sucedidos com blog, ganhando dinheiro escrevendo, no Brasil, isso significa que nossa empregabilidade é alta. Dos blogueiros top de qualquer ranking qualquer um consegue um excelente emprego, na hora que quiser. O blog é uma OPÇÃO (como o é qualquer emprego) e se queremos trabalhar com isso, é porque gostamos de escrever. Gostamos de nos relacionar com os leitores, gostamos da “microfama” – li na Wired, gostei do termo –
Eu não conheço nenhum blogueiro que escreva por obrigação, mesmo entre os que ganham dinheiro. Escrever É divertido. Se deixar de ser divertido, o blog não irá durar. Vamos arrumar um emprego de verdade, e pronto, the end.
E uma das formas mais rápidas de fazer com que escrever deixe de ser divertido é forçar um blogueiro a escrever sobre assuntos que ele não gosta.
Portanto, é melhor para todo mundo que seu blogueiro favorito continue escrevendo. Mesmo que você não goste.