O Dia em que a Mídia Morreu

Compartilhe este artigo!

Muita gente não percebeu ainda, mas A Morte da Mídia leva junto a propaganda. No Futuro que é Quase Agora o consumidor deixou de ser um… well, consumidor de conteúdo e passou a ser também gerador. A opinião agora não é mais deduzida, é possível auferir instantaneamente não só a audiência de uma campanha, mas as impressões de quem está assistindo.

Estamos em um período de transição, as tais mídias sociais são incríveis multiplicadoras de conteúdo, embora também sejam bem cruéis. A grande ironia é que mesmo os publicitários mais criativos estão perdidos. Vemos muita gente grande replicando na Internet formatos tradicionalmente de outras mídias. Comercial no YouTube é muito legal mas convenhamos, não é usar a nova mídia para nada.

Será motivo para desespero? Vamos matar o Nizan, agora que não nos serve mais? Não recomendo. Acredito, sim, que há uma enorme oportunidade para a criatividade, de uma forma nunca antes vista. O Criador hoje não só pode criar o conteúdo de uma peça publicitária, na mídia 2.0 ele pode criar o próprio formato da peça. A liberdade criativa não tem limites.

Claro, quem fica para trás não gosta muito. São os veículos que não se adequam a agilidade dos tempos modernos, os formatos de publicidade fadados ao esquecimento, como os banners, e os profissionais de criação que só conseguem ser criativos dentro de limites rígidos pré-estabelecidos.

A impressão que alguns arautos do apocalipse passam é que a velha mídia está morrendo, e nada ocupará seu lugar. Não é assim, nem de longe. Só pensa dessa forma o profissional engessado, que não quer sair do conforto de produzir banners 728×60. (e esse é o profissional moderno)

Antigamente era preciso matar um leão por dia, em propaganda. Hoje é preciso inventar um bicho totalmente novo diariamente. As idéias raramente são intercambiáveis e recicláveis. Chuck Norris Facts == WIN. Gol Facts == FAIL. Já o vídeo do Will it Blend? mostrando que NEM o produto deles conseguia triturar o Cuck Norris foi genial.

Em que pé estamos? Digamos que são dois barcos, um é a velha mídia/velha propaganda, o outro são os novos tempos. Estamos com um pé em cada um, e comicamente os barcos começam a se afastar. Sobrevive quem sabe nadar. Fica rico quem sabe voar.

PS: Para um LINDO apanhado do que vem aconteendo na mídia e na publicidade nos últimos anos, veja este vídeo, que achei no blog do Michel Lent, o pedro dória do bem. É uma paródia de American Pie (a música, energúmeno, não o filme) contando "The day the media died"


Compartilhe este artigo!