Dani, parabéns. De Hype agora você é Meme

Meme* é um conceito criado por Richard Dawkings para determinados blocos de informação cujo único objetivo é a autopropagação. Da mesma forma que um gene tem por natureza se reproduzir, um meme também, mas no campo das idéias. As correntes com promessas de prêmios ou danação espiritual caso não sejam retransmitidas são memes. Os emails de garotinhos com câncer pedindo emails são memes. Os memes (que já estão enchendo o saco) na blogosfera também são memes.

E a Cicarelli agora é um meme.

Dica para as Corporações Malignas: Como matar blogs

kane_thumb1 Dica para as Corporações Malignas: Como matar blogs

A Internet com sua agilidade está tirando o sono da mídia tradicional. As bravatas de “credibilidade total” são difíceis de manter e o público já não se preocupa tanto com isso. Precisam e querem velocidade. Imaginem o vídeo da Cicarelli sendo mostrado somente duas semanas depois, em um blog, pois “precisamos verificar a autenticidade e todos os dados envolvidos”.

Os virais se espalham em proporções de pragas bíblicas, com a vantagem de trazerem um enorme contingente de retardatários. (sim, ainda recebo pedidos do tal vídeo). As notícias são comentadas, publicadas e distribuídas nas blogosfera em questão de minutos. Os vídeos do YouTube substituiram os malditos .WMVs anexados, hoje eventos já são constamente cobertos em tempo real, com pouco menos que um PDA decente e um telefone celular. Ou um Smartphone, se você for chique.

O RSS vai matar o irrelevante?

dodo_thumb%5B1%5D O RSS vai matar o irrelevante?O RSS pode ser visto como o iTunes da Internet. Ao invés de “comprar” um site inteiro, o usuário baixa apenas o que realmente interessa, como no iTunes, ao escolher músicas individuais, fugindo do modelo tradicional de comprar um CD com 8 porcarias e duas músicas boas.

Só que com isso, temos um problema: Os sites não podem produzir muito conteúdo irrelevante, pois o leitor simplesmente não irá acessá-lo. Uma coisa é você já estar no site, ver uma notícia mais ou menos e clicar, outra é estar lendo sua lista de feeds e dar de cara com a mesma notícia. No máximo vai praquele enorme buraco negro que se chama “depois eu vejo”.

A notícia ruim? Conteúdo relevante, de qualidade, é caro de produzir. Estagiários (eu espero!) para publicar hoaxes absurdamente falsos como se fosse verdade, é fácil de arrumar. Gente que sente a bunda e produza cinco, dez artigos interessantes em um dia? Não tem. Quando se encontra, custa caro. E ninguém quer pagar por um bom redator.