Desculpem Amélias mas Lydia que era mulher de verdade.
Em 13 de Setembro de 1942 uma esquadrilha de bombardeiros alemães atacava Stalingrado. Escoltando os bombardeiros Junker 88 estavam vários excelentes caças Messerschmitt BF109.
Defendendo a cidade russa, uma esquadrilha de YAK-1s. No papel era covardia. Os BF109 eram mais de 100Km/h mais rápidos que os russos. Seus motores de 1455HPs riam da cara dos patéticos motores de 1180HPs dos YAKs.
No armamento, nem se fala. Mesmo assim os russos não pensavam duas vezes e partiam pra cima dos alemães na base da dentada.
Quando um JU-88 caiu em chamas metralhado isso só serviu para aumentar a fúria de um dos pilotos alemães, que partiu atrás do líder da esquadrilha inimiga. Vendo o avião amigo em apuros, o YAK que derrubou o Junker partiu em sua defesa.
Anne Frank, irmã em Cristo?
Segundo a teologia mórmon, no começo do Século XIX um sujeito chamando Joseph Smith teve uma visão onde Deus e Jesus o inspiraram a criar uma nova religião. Visitado também por um anjo ele recebeu placas douradas com escrituras antigas, e duas pedras usadas para tradução dos textos.
As placas contam que, nos tempos bíblicos um grupo de hebreus emigrou para o continente americano, sendo os índios originais. Eles eram brancos, mas quando outros grupos mataram os hebreus originais, Deus os puniu transformando-os em peles-vermelhas.
Por ordem do anjo Joseph Smith não podia mostrar as placas ou as pedras para ninguém, só mostrando as traduções. As pessoas, claro, acreditaram. O Livro de Mórmon descreve a 2a Vinda, e como Adão e Eva viviam no Jardim do Eden, que ficava em Jackson County, Missouri.
Uma nota de rodapé sobre judeus, nazistas, ouro e cientistas geniais
Em 1943 uma irritante (para os nazistas) ponte-aérea estava plena atividade: Entre a neutra Suécia e a Inglaterra uma série de De Havilland Mosquitos como o da foto transportavam cargas de rolamentos de precisão para a Inglaterra.
Adaptado de seu propósito original de caça-bombardeiro, entre as diversas variações estava a de carga, que mantinha as características revolucionárias da aeronave, voando alto e rápido demais para ser interceptado pela Luftwaffe. Só que dessa vez o Mosquito voava baixo. Arriscado, mas uma decisão do piloto que pode ter mudado o destino da Guerra.
O Mosquito estava adaptado para levar no compartimento de bombas um passageiro. Com pára-quedas, máscara de oxigênio e uma lâmpada de leitura, um sujeito poderia viajar –deitado- se fosse caso de extrema necessidade. Era, mas o passageiro VIP, a Carga Preciosa (como aprendemos nos videogames) não respondia ao contato pelo sistema de rádio interno.
Temendo o pior, o piloto nivelou muito abaixo dos 8.839m de altitude máxima atingida pelo Mosquito, confiando que voar baixo a 610Km/h seria suficiente para evadir os alemães. Para sorte do mundo e do físico Niels Bohr, foi.
No compartimento de bombas Bohr dormia feito um bebê, depois de ter apagado pela falta de Oxigênio –não colocou a máscara direito- e nem percebeu que quase morreu. Talvez tenha até sonhado com dois grandes frascos abandonados em seu antigo laboratório em Copenhague.
HERÓIS: Currahee É Aqui
As recentes revoltas no Egito são especialmente confusas para brasileiros com mais de 30 anos. Ver o Exército se posicionar ao lado dos manifestantes, sem ameaça de golpe e ainda por cima em uma ditadura confessa é demais para nossa cabeça. Fomos ensinados, acostumados, adestrados a odiar qualquer um de uniforme. Militar é burro, militar é feio, malvado, cruel, não pensa e vai te torturar para saber as horas.
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Na minha escola, que era um colégio civil da Aeronáutica aprendi sobre 2a Guerra Mundial em 3 dias. Sério. A Primeira então foi uma nota de rodapé. Em compensação Feudalismo acho que se abrir o email tem professora mandando trabalho de casa até hoje.
Não estou brincando, só soube que o Brasil havia participado da 1a Guerra Mundial com forças navais depois dos 25 anos, ao visitar o Espaço Cultural da Marinha no Rio. Passeio altamente recomendado, aliás.
Na escola e na faculdade somos massacrados com histórias de como soldados brasileiros eram fracos, covardes, incompetentes. Cineastas de objetivos questionáveis como Sílvio Bach fizeram carreira ridicularizando mais ainda as tropas que ousaram botar o pé na Europa, detalhes como a Força Expedicionária Brasileira ter capturado uma divisão inteira – 14.779 soldados alemães e italianos, comandados pelo General da Wermarch Otto Fretter-Pico. Ou com os Top Guns da FAB, alguns com mais de 100 missões. A Guerra é o ambiente mais cruelmente darwinista que existe, por isso a maioria das forças trabalhava com limites. Os pilotos americanos iam para casa com 10 missões. Os brasileiros não tinham reposição.
Com isso os que sobreviviam usavam a Força. Ao invés de seguir a regra e mergulhar para o bombardeio em vôo evasivo, desciam em linha reta no alvo, contando os segundos entre o disparo da artilharia antiaérea (os temíveis 88), calculando o tempo em relação a altitude que estavam e desviando no último segundo. Chupa Neo. Acho que por isso o 1o Grupo de Aviação de Caça ganhou o respeito dos aliados e inimigos, e uma Presidential Unit Citation, comenda dada pelo Presidente dos EUA a unidades que se destacaram em gestos de heroísmo, acima e além do chamado do Dever.
O 1o Grupo de Aviação de Caça foi uma das três únicas unidades não-americanas na 2a Guerra a receber essa honraria, mas isso você não aprendeu na escola, né?

