O Dia em que fui acusado de espionagem
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Desde que me entendo por gente e gosto de ler, e como ao invés de Dan Brown, Stephenie Meyer e similares eu comecei a ler com Júlio Verne, Fernando Sabino, Arthur Clarke e Marcos Rey, aprendi a escrever. Hoje, vendo que a quase totalidade da minha produção é literatura técnica, incluindo mais de dez livros e artigos em revistas, acho irônico que meu primeiro texto enviado (e publicado) tenha sido um conto na falecida revista Micro Sistemas. Sim, eu emplaquei uma historinha, em prosa, em uma revista de informática.
A História de um Gato Guerreiro
Em 2010 o Doutor Zahi Hawass, o arqueólogo mais famoso depois de Indiana Jones achou uma tumba de 2600 anos com 22 múmias no Egito. Entre elas algumas crianças, e junto, um cão, também mumificado. Não foi a primeira vez, animais de estimação eram comuns em inscrições nas paredes das sepulturas egípcias.
Durante a XVIII Dinastia um sujeito de nome Hapymen ficou tão abalado com a morte de seu gato que mandou mumifica-lo e construiu um sarcófago de pedra, com encantamentos para que reencontrasse seu dono no pós-vida.
No Iraque e no Afeganistão cachorros não são bem-vistos, muçulmanos radicais os consideram animais impuros, então a vida de cão deles é pior que a média. Atraídos por comida muitos foram parar nas bases americanas. Outros foram levados por soldados, que achavam filhotes perdidos durante combates. Preocupado com doenças e higiene, o Pentágono mandou exterminar os animais de estimação em posse dos soldados.
Quando a ordem chegou quase todos os comandantes se recusaram a cumpri-la, foi o mais próximo de um motim que as forças armadas chegaram em muitos anos, com mais de um soldado dizendo que quem encostasse no cachorro do pelotão levaria chumbo.