O causo viral da blogueira salgadinha

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Por causa de uma tal corrida ficou inviável conseguir hospedagem em qualquer hotel decente em São Paulo, então fiquei impossibilitado de comparecer ao BottanFantasyCamp, a festa a fantasia da Mirian Bottan. É uma pena. Não vou dizer com que fantasia eu iria, mas é uma que o Sheldon usou, e não é a do Efeito Doppler. Fica pra próxima.

O quê isso tem a ver com marketing viral? Como diria Dexter, vamos por partes.

Alguns dias atrás várias agências e formadores de opinião receberam do nada um sacão de Doritos de 5Kg. Foi festa geral. Uma penca de posts espontâneos, gente comentando, o Twitter pipocando (ou melhor, doritando).

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Missão cumprida, certo? Só que não contavam com a criatividade do pessoal envolvido. Com a festa da Mirian chegando, a necessidade de uma fantasia criativa aumentando, a Dani Koetz teve a melhor sacada (trocadiho não-intencional, juro) de todas: Reciclar o viral do Doritos em uma fantasia.

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Ela confirmou que a embalagem foi reciclada, e que foi complicado remover os resíduos de Doritos da parte de dentro. Bem, isso está fora da minha jurisdição, então não vou me alongar nessas elocubrações. Basta dizer que achei genial o aproveitamento do viral.

A Doritos é uma das marcas mais sortudas que conheço. Não é a primeira vez que se dá bem assim. Aliás, para falar a verdade a Dani nem é o primeiro bicho de perna comprida a dar de bandeja esse tipo de viral para eles. Vejam esta que achei no Sim, Viral: Uma gaivota que invade uma lojinha para roubar… Doritos. Virou notícia, foi Youtubado, viralizou.

 

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A gaivota de chama Sam, só come aquele sabor específico de Doritos, e virou celebridade local. Os donos do mercadinho resolveram manter a porta fechada para espantar Sam, mas os clientes habituais “adotaram” a gaivota, e pagam pelos Doritos que ela come. Há diversas propostas para adotar a Dani também, mas ela ainda não respondeu aos emails.

Qual a diferença de um marketing tradicional? Digamos que nos velhos tempos envolveria “patrocínio” e camisetas com a logo de algum produto. Se tanto. Talvez um banner na parede. As iniciativas modernas, seja intencionais como enviar o pacote, seja acidentais como a gaivota, trazem um retorno bem mais significativo que simples vendas: Tornam a marca simpática. Isso gera um diferencial emocional que supera qualquer racionalização no momento da compra. Esse marketing 2.0 é imbatível.

O único problema é mão-de-obra, porque orçar camiseta e mandar fazer banner todo mundo faz. Ter a sacação de bolar uma fantasia com a embalagem do produto, não é pra qualquer um. Ou é, depois que foi feito. As melhores idéias sempre sofrem do “eu poderia ter pensado nisso”. Só que se você quer que seu cliente usufrua dessas idéias antes, é bom meter a mão no bolso. O Profissional de Criação 2.0 está se tornando mais requisitado, é mais raro e por isso mesmo ficará mais caro.

DISCLAIMER: Este não é um post pago, muito menos em salgadinhos. Eu não gosto de Doritos, prefiro Cheetos.

OK, na verdade eu prefiro Mandiopã mas aí todo mundo vai me chamar de velho.

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