Realidade Aumentada não é um conceito novo. Procurando no Tubo acha-se vídeos bem antigos. Na ficção qualquer filme de ciborgue que se preze mostra sua versão da Visão do Exterminador. O conceito é simples: Mesclar imagens geradas por computador com um sinal de vídeo em tempo real. Já é usado pela Globo,para inserir publicidade nos jogos de futebol, é usado nos cenários virtuais de programas de TV, em softwares de sacanagem japoneses (claro) e em propaganda.
A publicidade aliás acordou para o efeito. Da mesma forma que nos anos 80 TUDO que é comercial tinha computação gráfica com logos girando, e algum tempo atrás Second Life era o máximo, a moda agora é realidade aumentada.
Dica: Para uma verdadeira aula sobre o assunto, assista esta matéria do Jornal da Globo.
Infelizmente só ser moda não adianta. Há excelentes usos, vejam este anúncio do Mini:
Simples e eficiente, seguindo o padrão: Webcam do notebook/PC fornece a imagem, você exibe o objeto com o padrão que o programa detecta, ele mapeia o ambiente 3D a partirdaquele ponto, e exibe a animação, que pode ser interativa, estática, qualquer coisa. O Céu é o limite.
Aqui no Brasil, embora a MissMoura insista em babar os gringos e suas “tendências”, estamos bem avançados, não devemos nada em relação aos projetos de fora. Um excelente exemplo são os Monstrinhos da Doritos, uma espécie de Tamagochi em Realidade Aumentada. Não dá para ter uma Dani Koetz virtual miniatura mas dá para brincar e muito, veja:
Infelizmente, está acontecendo uma repetição do Second Life e de todas as outras “modas”: Os clientes querem (ou são induzidos a querer) a ferramenta pela ferramenta. “Eu tenho um hub no Second Life”, “Eu tenho uma ação em realidade aumentada”, “Eu tenho uma App no iPhone”. QUAL o uso real? QUAL o benefício que a ação trouxe? Qual a pertinência?
Ninguém sabe, importante é vender a ação. O resultado é que nem todas vingam, e algumas são no mínimo pobres.
Eu comprei a VIP errado (era pra ser a do mês que vem, longa história) e enquanto folheava a revista, vi um anúncio de página dupla da Skol Sensation. Legal, havia uma chamada para o site de realidade aumentada. Como nunca havia brincado com o negócio, cheguei em casa, entrei e experimentei.
Sabe quando você se sente um idiota segurando uma revista para o computador?
A única coisa que o negócio faz é exibir um vídeo. Sério, ele mapeia um vídeo 2D em cima da sua imagem. Você gira a revista, o vídeo gira. O resultado é este aqui:
A ÚLTIMA coisa que eu quero quando estou vendo um vídeo é que ele fique se mexendo. Aliás, eu tenho uma tecnologia maravilhosa para exibir vídeos: Chama-se MONITOR DE VÍDEO. Mostrar uma imagem de um vídeo 2D no monitor, mapeado em cima de uma imagem de uma revista é algo idiota. Toda a graça da tecnologia, que é o 3D, vai-se embora. Usam (e devem ter cobrado uma baba) a Realidade Aumentada para reproduzir algo que o usuário faz TODO DIA no computador: Ver vídeos.
Qual a sensação final? Tédio.