Singela contribuição para as mulas que fazem marketing político…

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A campanha que seria revolucionária nas mídias sociais, com “marketeiro do Obama” e tudo se revelou um grande fiasco. Basicamente eleição nas mídias sociais se resume a candidato processando Twitter, candidato pedindo direito de resposta em 140 caracteres e milhares de perfis falsos fazendo spam.

Acho que é difícil entender que uma ação POSITIVA gera muito mais buzz do que um ataque, até por questão de lógica. Uma idéia legal atrairá os partidários E os oposicionistas moderados, aquele pequeno grupo capaz de ver sem antolhos.

Infelizmente não é assim que a banda toca e foi tudo nivelado pela lama.

É uma pena,mas no máximo os marketeiros seguem as modinhas, não criam tendências. Exemplo: Ambos os candidatos, Serra e Dilma usaram avatares infantis no dia das crianças. Legal, isso os colocou em pé de igualdade com todo mundo. Mas… não era pra se destacarem?

Não é preciso nem pensar muito para imaginar pequenas ações que geram buzz sem colocar a mãe no meio, que tal por exemplo dar checkin no Foursquare várias vezes e virar Prefeito do Palácio do Planalto? Um buzz simples mas que daria discussão pra um dia inteiro.

“mimimi o Povo não sabe o que é o Foursquare”

Como já disse um grande estadista, “foda-se o Povo”.  O povo das mídias sociais sabe. Se você está em campanha em uma rede social, é obrigação profissional usar todos os recursos da mesma, falar a linguagem e conhecer profundamente seus meandros. Nesta eleição estou vendo uma simplificação rasteira do discurso, em todos os canais, em todas as mídias. É como se o kibeloco fosse estrategista e sua idéia de tratar o leitor como menor denominador comum tivesse sido implantada.

O Twitter não necessariamente funciona no racional, no caso é melhor apelar pra emoção. É inviável achar que é possível discutir detalhadamente projetos de campanha em 140 caracteres com milhares de pessoas falando. Você tem que usar a ferramenta para gerar identificação com o eleitor e então direcioná-lo para o site com propostas detalhadas.

Nessa eleição as mídias sociais foram usadas da pior forma possível, os spammers tratam Twitter como local de distribuição de santinhos, os candidatos tratam tuiteiros como inimigos e os “profissionais” de mídias sociais são tratados como profissionais de 3a classe pelos “estrategistas”, que entendem tudo de eleição e por extensão acham que entendem de Internet também.

No final o grau de satisfação dos envolvidos é zero, tudo se resume a uma questão prática de quanto vai-se ganhar nessa brincadeira e quando coloca-se a mão no dinheiro.

A ironia é que essa parte é verdadeiramente democrática, vai do estagiário da agência ao Presidente eleito.

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