O caô que salvou a vida de Marcus McDilda

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Uma das partes menos comentadas da Segunda Guerra Mundial era o terrível tratamento que o Japão dava a seus prisioneiros, como descobriu pela pior forma o Tenente Marcus McDilda. Ele era um piloto de caça que foi abatido e capturado dia 8 de Agosto de 1945.

Mantido prisioneiro em Osaka, ele acompanhou de camarote a reação dos militares japoneses à medida que as informações sobre a bomba que havia explodido em Hiroshima dois dias antes.

McDilda foi interrogado diversas vezes, cada vez com mais brutalidade. Os japoneses queriam saber tudo sobre a tal bomba atômica. Como McDilda se recusava a falar, ou melhor, dizia que não sabia de nada, o próximo passo foi a tortura.

Com um nome como McDilda, o Tenente-Aviador já estava acostumado ao sofrimento, mas apanhou muito, sempre repetindo que não sabia nada sobre a tal bomba.

Desistindo os torturadores chamaram um general, que puxou uma katana, a brandiu e tirou sangue dos lábios de McDilda, dizendo que ele seria morto ali e agora se não fornecesse as informações desejadas. McDilda então cedeu e explicou o funcionamento da bomba atômica, o maior segredo militar dos EUA.

“Como você sabe, quando átomos são separados, um monte de mais e menos são liberados. Bem, nós pegamos esses mais e menos e colocamos em uma grande caixa, separados por um escudo de chumbo. Quando a caixa é lançada de um avião, nós derretemos o escudo de chumbo e os mais e menos se combinam. Quando isso acontece, causa um tremendo relampado e toda a atmosfera sobre a cidade é empurrada. Quando ela volta, gera um imenso trovão, que derruba tudo abaixo de si.”

Obviamente isso é pura groselha, mas soou cientificamente plausível o suficiente para os japas aceitarem.

Prosseguindo com o interrogatório, o general perguntou quais os próximos alvos. McDilda respondeu: Tóquio e depois Kyoto.

A próxima pergunta foi a mais assustadora: Quantas bombas os americanos tinham. McDilda respondeu que os EUA tinham pelo menos 100 bombas atômicas.

Com essas informações estratégicas, o tal General despachou McDilda para Tóquio, e telegrafou os resultados do interrogatório para o Alto-Comando, com a certeza de que havia salvo o Japão.

Em Tóquio, McDilda foi interrogado no campo de prisioneiros de Omori  por um cientista que havia estudado no City College, em Nova York, e falava bem inglês. Assim que McDilda repetiu sua explicação, o cientista sacou que era obviamente invenção de alguém que não tinha a menor idéia do que estava falando.

O cientista perguntou o motivo da mentira, McDilda respondeu que era a única forma de sobreviver, seus captores não aceitavam que ele não sabia nada sobre a Bomba Atômica.

As informações de McDilda chegaram ao alto-comando, não há dados se elas foram influentes ou não no processo de rendição, mas dificilmente o alto-comando iria desconsiderar a possibilidade dos americanos terem 100 bombas.

O tratamento que o Japão deu aos prisioneiros de guerra foi BEM punk.

Quanto a McDilda, ele deu sorte dupla. Ao ser transferido de Osaka, ele escapou de um destino terrível: 50 prisioneiros americanos foram decapitados com espadas, em represália ao ataque a Hiroshima. Seguro na ilha de Omori, McDilda foi libertado alguns dias depois, com a rendição incondicional do Japão, em 15 de Agosto de 1945.

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