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A 4ª Parede vai te pegar
A Quarta Parede é um recurso cênico usado inicialmente no teatro, mas que se moveu para outras mídias. Tem a ver com a parede imaginária que separa o espectador do palco. Ao se dirigir diretamente a um espectador o ator derruba a Quarta Parede, o que pode ser um excelente recurso de bem utilizado, ou pode minar a “suspensão de incredulidade”, se mal usado.
Existem muitos filmes onde isso é usado. Em Jay and Silent Bob Strike Back coincidências são referidas como “isto parece roteiro de um filme ruim”, seguido de um silêncio, com os atores olhando diretamente para a câmera. Comédias costumam usar do recurso, enquanto dramas e outros filmes “sérios” raramente o fazem.
Com a Internet, tudo mudou (novidade). Agora não é mais a parede que é derrubada, o espectador é que a atravessa. Não para fazer parte do filme, como n´O Último Grande Herói, mas a “suspensão de incredulidade” que faz com que acreditemos que homens possam voar, entortar colheres com a mente (ok, ok, eu sei, não existe colher) ou viver dois anos em uma ilha deserta sem perder peso é estimulada.
Rabo de Arraia no dos outros é refresco
Existe um grupo que defende a teoria de que um certo tipo de humor existe para ofender. É um erro. O objetivo do humor é fazer rir. Secundariamente, fazer pensar. Pessoas ofendidas não riem, muito menos pensam. Esse mesmo grupo defende a idéia que o humor não pode ser ofensivo ou depreciativo, sem perceber que essa é a base do humor. Mesmo o palhaço mais inocente está se autodepreciando para fazer rir.
Existe um outro mito, o de que há um período de resguardo durante o qual um tema não deve ser abordado em peças de humor. Tenho tomado algumas pedradas por causa deste post, mas ninguém explica exatamente qual o prazo correto para usar uma tragédia em uma peça de humor.