O Post, assim como a baitolice, é um caminho sem volta

VILLAGE_PEOPLE_1_tn O Post, assim como a baitolice, é um caminho sem volta

É comum ver casos onde a gente escreve um post, se arrepende e depois conserta. Acontece todo o tempo. Só que isso é apenas uma ilusão. A Crueldade Natural do Universo, que rege fenômenos como o lado da manteiga caindo para baixo, o sumiço dos táxis na chuva e sua mulher pegar o celular na hora que a estagiária ninfeta liga pra você determina que quanto mais inoportuno o conteúdo do post apagado, mais chances ele tem de existir em outro lugar.

Imagine que você faça um post comparando sua ex a uma vaca (não que eu fizesse isso, sou um gentleman). Tempos depois se arrepende, apaga o post. Tranquilo, não? Caso encerrado.

Uma pinóia. Existem alguns recursos que podem reverter uma página apagada ou mesmo modificada.

Vende-se este blog. Tratar aqui.

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imagem encontrada no blog Os Vigaristas

O problema não é nem quem queira comprar. Os portais vivem atrás de conteúdo, basta um pouco de marketing pessoal, uma boa visitação e os convites aparecem. O problema é outro: O quê você está vendendo?

Se você tem um blog como o MeioBit, onde um grupo variável de autores segue uma linha editorial e há uma “filosofia” que pode ser replicada, é possível precificar esse know-how, colocá-lo no papel e repassá-lo para um comprador. Além de uma marca, você vende a receita do bolo.

Só que a maioria dos blogs não é assim. Blogs como o Contraditorium são obras individuais, vender a marca não faria sentido. Imagine o Jô Soares 11:30 vendido para a Record, sem o Jô Soares. Imaginem o Programa Sílvio Santos sem o Sílvio Santos (ok, o Gugu apresentou por um tempo mas você entendeu).

O blog individual sozinho não funciona como um produto, ele está intimamente atrelado ao dono. Nenhum portal, mesmo no tempo da bolha compraria um blog individual sem o indivíduo.

Quando o crime ficcional dá cadeia de verdade

alice_thumb%5B3%5D Quando o crime ficcional dá cadeia de verdade

Os defensores da liberdade de expressão geralmente assumem que defendem o direito de alguém expressar algo que eles mesmos expressam. Quando o tema não lhes agrada, pedem tranquilamente seu banimento e remoção, como a Fernanda pediu no meu post sobre as teorias conspiratórias do acidente da Gol. A liberdade de expressão termina quando alguém é ofendido. Perfeito, mas como tudo ofende alguém, de alguma maneira, como ficamos?

Para complicar: E quando é um caso de liberdade de expressão onde a expressão expressada é expressamente contrária à visão geral da sociedade? Não me expressei bem? OK, vejamos o caso de Karen Fletcher:

54 anos, moradora da Pennsylvania. Está presa e pode ser condenada a até 5 anos de xilindró. Motivo? Matar, estuprar, abusar, seviciar, barbarizar (lá se vai me AdSense) crianças de nove anos ou menos.

Em ficção.

Com 6 letras: país de merda que multa empresa que banca educação para seus funcionários

esperanca_thumb%5B2%5D Com 6 letras: país de merda que multa empresa que banca educação para seus funcionários


UPDATE: O Grande Líder esclareceu que essa história é antiga, e que hoje a legislação já não pune esse tipo de iniciativa. Que fique a lição, mesmo macacos velhos de Internet como eu podem ser vítimas de uma corrente ou um hoax, se bem produzidos. Felizmente a Internet que erra é a mesma que conserta.
Ser brasileiro às vezes é um fardo. Temos que conviver com absurdos cotidianos dignos de Kafka. No caso, que descobri lendo o excelente blog de Paulo Roberto Almeida, uma empresa que desde 1988 banca um programa que custeia a educação em todos os níveis para qualquer funcionário foi multada pela previdência em R$26.000,00. O Fiscal considerou que pagar estudo para seus funcionários é salário indireto e portanto deve ser tributado. É absolutamente revoltante ver esse tipo de situação.