É Paralímpico, e sempre estivemos em guerra com a Eurásia!
Algumas coisas me assustam nesse mundo globalizado imediatista Big Brother em que vivemos. Repetimos o ditado de que uma mentira repetida mil vezes se torna uma verdade, mas não percebemos que a dinâmica a que nos sujeitamos é perfeita pra isso.
Questionar é ser chato, é ser do contra, é quase ser subversivo. Vale argumento de autoridade, argumento de antiguidade, qualquer argumento, desde que preserve a opinião vigente, mesmo que ela mude.
O caso mais recente é a mudança do termo “Paraolímpico” para “Paralímpico”. A razão real (spoilers!) é simples, objetiva, mercadológica e antipática:
O Comitê Olímpico Internacional é dono do termo “Olimpíada” e não quer compartilhar com outros o privilégio de usar essa palavra criada na Grécia Antiga. Que o digam os Redneck Games, algo como “Jogos Caipiras”, uma brincadeira realizada em East Dublin, uma cidadezinha da Georgia, EUA, com 2484 habitantes.
Antes o evento era chamado de Redneck Olympics, até o organizador receber um telefonema do Comitê Olímpico Americano, exigindo que parassem de usar o termo, pois era marca registrada e causaria confusão entre os consumidores.