Louis C.K., Velha Mídia é a Mãe e a batalha contra a pirataria

Louis C.K. é um dos grandes nomes do stand up americano da atualidade. Em alguns medições ele atinge 450 miliCarlins. Como todo comediante do ramo ele vive de shows, DVDs e programas de TV. (Exceto o Rafinha Bastos, que agora é cantor, mas pensando bem eu disse “comediante”)

Ele (Louis C.K., não o Rafinha) tem enfrentado problemas pois a HBO não passa mais seus especiais –só prestigiam artistas da casa- e canais alterativos como Showtime e Cartoon network consideram a comédia de Louis muito controversa.

A saída foi a Internet, mas ele resolveu fazer diferente. Ao invés de se associar com um grande nome, uma grande distribuidora, ele preferiu fugir das restrições impostas por esses modelos e está distribuindo o novo show direto de seu site oficial.

Sem DRM, sem restrições, sem limite por regiões, ele diz com todas as letras: “Você pode baixar o arquivo, ver quantas vezes quiser, queimar um DVD, whatever”. A única coisa que ele pede é que você PAGUE POR ESSE DIREITO, são míseros US$5,00 por um show inteiro, gravado profissionalmente em um teatro, editado e produzido.

Dada a política de assinaturas deveriam mudar o nome para Revista Inpho*

 

luddites_thumb Dada a política de assinaturas deveriam mudar o nome para Revista Inpho*No Brasil é comum uma empresa tentar resolver uma redução de lucros causada por uma queda nas vendas aumentando o preço do produto. Assim ao invés de vender 10 unidades de R$10,00, o sujeito que vendia 7 passa a vender 5, por R$20,00.

Manter o lucro é essencial, mesmo diante da catástrofe iminente, por isso vemos casos de agricultores que preferem jogar fora seus produtos a vender abaixo do que consideram aceitável. Perfeito, mas receita ZERO para mim é mais inaceitável ainda.

Quando há alguma grande mudança tecnológica em geral o mundo se divide entre quem abraça a inovação e quem tenta tudo para evitá-la. A velha mídia é especialista na última parte, jornais ainda perdem tempo publicando previsão do tempo, quando qualquer telefone decente traz muito mais informação e muito mais atualizada, mas assustador mesmo é quando o pé firmemente fincado no passado não é de uma New Yorker, uma Gazeta Mercantil, um New York Times, mas de uma… revista de tecnologia.

OK, mais assustador ainda é quando a batida de pé se recusando a aceitar o futuro é algo já tentado… quase três anos atrás. Em 2009 publiquei um artigo mostrando o Newport Daily News, um jornalzinho dos EUA que resolveu combater a crise na mídia impressa cobrando mais caro pela versão digital do que pela versão em papel.

Agora, graças a uma dica via Twitter, descobri que a Info está fazendo o mesmo.