Economizar água? NUNCA! Eu lembro dos dois frangos!

Economizar água? NUNCA! Eu lembro dos dois frangos!

mad-max Economizar água? NUNCA! Eu lembro dos dois frangos!

Vamos brincar um pouco. Imagine…

Você tem 10 irmãos. Todos contribuem com o pouco que seja. Sua mãe pega o dinheiro, volta com dois frangos. Joga um fora, coloca o outro na mesa e diz: “Tem que dar pra todo mundo, economizem”.

Você e seus irmãos acham justo e correto e disputam quem come menos. Mais ainda: Vocês vigiam uns aos outros e ameaçam os irmãos que comem mais do que deveriam.

Sua mãe aplaude os esforços, pede dinheiro para comprar mais dois frangos pro dia seguinte, e repete o processo. 

A História de um Gato Guerreiro

A História de um Gato Guerreiro

simon A História de um Gato Guerreiro

Em 2010 o Doutor Zahi Hawass, o arqueólogo mais famoso depois de Indiana Jones achou uma tumba de 2600 anos com 22 múmias no Egito. Entre elas algumas crianças, e junto, um cão, também mumificado.  Não foi a primeira vez, animais de estimação eram comuns em inscrições nas paredes das sepulturas egípcias.

Durante a XVIII Dinastia um sujeito de nome Hapymen ficou tão abalado com a morte de seu gato que mandou mumifica-lo e construiu um sarcófago de pedra, com encantamentos para que reencontrasse seu dono no pós-vida.

No Iraque e no Afeganistão cachorros não são bem-vistos, muçulmanos radicais os consideram animais impuros, então a vida de cão deles é pior que a média. Atraídos por comida muitos foram parar nas bases americanas. Outros foram levados por soldados, que achavam filhotes perdidos durante combates. Preocupado com doenças e higiene, o Pentágono mandou exterminar os animais de estimação em posse dos soldados.

Quando a ordem chegou quase todos os comandantes se recusaram a cumpri-la, foi o mais próximo de um motim que as forças armadas chegaram em muitos anos, com mais de um soldado dizendo que quem encostasse no cachorro do pelotão levaria chumbo.

O triste estado da divulgação científica. Há esperança?

O triste estado da divulgação científica. Há esperança?

carl_sagan_wallpaper O triste estado da divulgação científica. Há esperança?

Espero que me perdoem esse desabafo, mas é necessário.

Primeiro de tudo, eu não sou um cientista. Já fui. Carl Sagan dizia que toda criança nascia cientista, até os adultos expulsarem dela o senso de deslumbramento, a curiosidade e a coragem de dizer “não sei” e explorar seu mundo em busca de respostas.

Tive kits de química, microscópios, eletrônica, me interessava por tudo, lia Júlio Verne e assistia ao Mundo Animal, nos sábados de manhã na Globo. Vi ao vivo o primeiro pouso da Colúmbia, uma das raras vezes em que a TV brasileira parou a programação para exibir ciência.

Não segui uma carreira em ciência por dois motivos: Primeiro, sabia o quanto era complicado ganhar a vida como cientista no Brasil, e segundo, eu gostava de todas as ciências (as de verdade, claro. Enquanto isso, percebi que admirava não só os cientistas, mas o que divulgavam a ciência. Nomes como Sagan, Asimov, Clarke, Beakman, James Burke e tantos outros.

Com o tempo percebi que o grande diferencial desses divulgadores não era o conhecimento –que tinham- mas o entusiasmo. E isso faltava na mídia já nos anos 80. Imagine agora então.

Isso gera um paradoxo onde temos cientistas que querem divulgar seu trabalho mas só entre seus pares, ao mesmo tempo em que reclamam que não são reconhecidos ou respeitados pela sociedade. Muitos não querem, outros não conseguem simplificar sua pesquisa, o que é um absurdo.

Um grande cientista cujo nome estava nos neurônios que meu último gin-tônica matou disse, certa vez, que se uma teoria não pode ser explicada a uma garçonete, é perda de tempo explorá-la. É verdade. Mas demanda didática.

E não é que a Mulher-Maravilha funciona?

E não é que a Mulher-Maravilha funciona?

wonder-woman_thumb E não é que a Mulher-Maravilha funciona?

A Mulher-Maravilha é um dos personagens mais complicados da DC. É muito fácil cair no sexismo barato, ou pior ainda, no ridículo. Ela demanda toda uma mitologia para funcionar. Não é simples como um garoto rico com problemas e brinquedos caros, ou um alienígena escoteiro que não ALTERA nada estabelecido no “mundo real”.

Diana foi um presente dos Deuses, e pra começar toda a mitologia grega teria que se tornar verdadeira, algo que o público não aceita muito. A desculpa de deuses-aliens de Thor não funcionaria, sem deuses a MM perde a força, viveria iludida com todo mundo tendo pena de contar pra pobre Maravilhosa que a Grande Hera nada mais era que uma anêmona alienígena em forma humana.

Fora quadrinhos, onde a chamada “suspensão de incredulidade” é bem maior, a Mulher-Maravilha funcionou na TV nos anos 70 (1975-1979, 3 temporadas) e mesmo assim a série não tinha nenhum dos elementos sobrenaturais da personagem. Lynda Carter se tornou “a” Mulher-Maravilha no imaginário masculino coletivo e até hoje qualquer versão é comparada à dela.