O Estranho Momento em que respeitei Miley Cyrus

miley-cyrus-biography-41_thumb O Estranho Momento em que respeitei Miley CyrusA Internet reforçou um péssimo habito geral; todos julgamos todo mundo de forma rápida e rasteira, e tratamos as pessoas como estereótipos, escolhemos uma ou duas características e achamos que as pessoas são somente aquilo.

Lembro uma vez de ter visto numa madrugada dessas o José Serra, antes de sua assessoria ter assumido o Twitter (porque ELES entendem tudo de redes sociais) discutindo sobre filmes e séries Era estranho E pessoal ver um pré-candidato à Presidência, um político com projeção nacional comentando de TV com o mesmo entusiasmo de qualquer um de nós.

Ele não estava vendendo seu peixe (estava, mas não sabia, nem a assessoria). Estava conversando com gente normal sobre coisas normais. Mesmo assim alguns chatos insistiam em reclamar, blablabla você não se preocupa com os pobres, blablabla como pode ver televisão com tanta gente passando fome, etc. Isso, obviamente, na alta madrugada, pois todos sabemos que políticos, como o Super-Homem devem trabalhar 24/7.

Essa fase não durou, graças aos marketeiros e logo o Serra do Twitter se tornou tão desinteressante quanto o Serra de verdade, mas serviu para mostrar que ninguém é bidimensional, pessoas têm várias facetas, mesmo que estejamos condicionados a amar ou odiar apenas uma delas.

Apesar de saber disso de vez em quando caio no caminho fácil de estereotipar pessoas.

Foi o caso de Miley Cyrus. Eu não gosto dela. Acho sua música uma porcaria, fruto de playback e ProTools, lixo pop descartável que terminará naqueles sebos que compram discos por Kg, assim que alguém conseguir pesar MP3s.