Nste post no blog Chá Quente, de Guilherme Felitti (não confundir com o Chá de Hortelã) há vários detalhes sobre a recente crise do AdSense. Foi interessante ver o Google pagando uma de Cicarelli, dizendo que “não foi bem assim”, e que não foram problemas aduaneiros, e sim falha de comunicação interna.
Só que não foi a informação que mais me chamou atenção. A detentora dessa honra foi a afirmação:
A participação do AdSense no Brasil cresceu tanto – no único número divulgado, são mais de mil publishers brasileiros – que “mandar cheques não atendia mais à enorme demanda”
Mil? Mil? Eu sou 1/1000 de um mercado inteiro? Sei de fonte segura que já chamei a atenção do Google, o que significa que meus ganhos não são tão pífios. Só que multiplicados por mil se tornam uma piada, em se tratando de um Mercado inteiro. As exportações de Mariola pra Arábia Saudita devem bater os ganhos da ProBlogosfera.
Mil indivíduos não é diversidade suficiente para um ecossistema saudável. Não é à toa que não somos reconhecidos pela mídia e pelos anunciantes, nós praticamente não existimos.
Como cada um vai encarar isso, depende. Você pode se deprimir pensando “como somos irrelevantes” ou pode se animar: “Oba! Somos pioneiros!”
Em seu livro Microserfs, Douglas Copland fala da alegria de ser 1.0. Pioneiro. Fazer algo que nunca foi feito antes. Participar da gênese de algo. Eu concordo. Acho que temos que entender essa carência de Editores como uma oportunidade, a chance de sair na frente. E quem sai na frente, como todos sabem, geralmente ganha.