Muito tempo atrás, em uma galáxia distante um artigo meu fez bastante sucesso na blogosfera: Foi o “Tio, me dá um link”. ´Lá nos idos de 2006 eu reclamava da falta de links entre os blogs, do excesso de reblogging (coisa que o Google hoje está punindo) e da saída fácil que era a troca de links.
Lembro que o Contraditorium estava engatinhando e já surgiam os pedidos de PARRRRCERIA. Sempre soube que parceiro era coisa de boiola e detetive de filme americano. Como não me encaixo (epa!) em nenhum dos dois, dispenso.
A tal PARRRRCERIA se resume a… troca de links. Uma forma de tentar burlar o algoritmo de indexação do Google e galgar posições nos resultados das buscas. Hoje nada faz além de gerar poluição visual, com aquelas barras laterais cheias de links. No final você termina endossando um monte de blogs que não lê. Mas não se preocupe, ninguém clica nesses links.
A melhor forma de ter seu blog divulgado é através de seu conteúdo. Eu já expliquei isso em 2006 e continua válido hoje. Infelizmente continua válida também a Lei de Gerson. Ao invés de criar conteúdo de qualidade, confiar na inteligência dos leitores e blogueiros para divulgar o trabalho, o sujeito prefere correr atrás das parcerias, trocando dignidade por links.
Gostaria muito de dizer que a situação piorou, mas continua na mesma. A busca pelo caminho mais fácil ainda é a primeira opção de quem está começando, basta ver no Twitter. “Divulgue meu blog” é super-comum, já “Escrevi algo interessante relativo ao que você está falando, veja só” é raro.
Vale repetir a lição, crianças: Escrevam, produzam, evoluam. Ninguém chega a lugar nenhum xingando no Twitter ou trocando links desesperadamente. Se você resume seu trabalho a publicar fotos engraçadinhas e vídeos do YouTube, seu blog nunca vai deslanchar, e mesmo que faça sucesso, será efêmero. Eu prefiro um blog onde meus textos de 5 anos atrás ainda sejam relevantes.
Do contrário só sobra pra você apelar pras PARRRRCERIAS, como o cidadão que me adicionou hoje no MSN.