Millenials SJW feministas estão alterando contos de fadas e já pode ser tarde demais

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Costumamos culpar os Millenials, essa geração de bunda-moles que leva os pais nas entrevistas de emprego, mas a realidade é que Millenials não surgem por geração espontânea, eles são assim por culpa dos pais que tanto protegem seus floquinhos de neve especiais e únicos. Por isso não é surpresa descobrir esta pesquisa, onde os papais preocupados estão protegendo seus filhos da cruel e dura realidade… dos contos de fada.

Vejamos alguns resultados da pesquisa, irrite-se comigo:

  • 25% dos pais ingleses admite mudar o final de contos de fadas clássicos porque eles são “politicamente incorretos”.
  • 16% evitam certos tipos de histórias com medo de serem muito assustadoras para seus filhos ou que passem a mensagem errada.
  • 36% se incomodam com o Flautista de Hamelin ter usado um truque para fugir com as crianças da cidade.
  • Quase 25% acham Cinderela uma história inapropriada pois ela é forçada a cuidar dos afazeres domésticos.
  • Mais de 25% se incomodam com Robin Hood, afinal ele “rouba outras pessoas”.
  • 25% não lêem para seus filhos a história do Patinho Feio pois acham que ela promove body shaming e discriminação.
  • 1/3 dos pais não gostam de João e Maria pois as crianças são abandonadas na floresta.
  • 1/3 acham que a Bela Adormecida é uma história inapropriada pois ela é beijada sem consentimento.
  • 27% dos pais não gostam de Pinóquio pois ele foge de casa e conta mentiras.

 

Sim, eu sei, esses animais de teta não conseguem entender o conceito de moral da história, não entendem que o comportamento errado de alguns personagens É O QUE A HISTÓRIA ESTÁ ENSINANDO QUE É ERRADO, etc, etc, mas piora.

Esses paitardados estão alterando as histórias. Alguns acham violento demais os Três Porquinhos colocarem um caldeirão de água fervente na lareira para matar o lobo, então na versão Millenial o lobo apenas fica com fome. Ou vira amigo dos porquinhos, dependendo de quem conta.

João e Maria? Os pais mudaram a história, ao invés das crianças jogarem a bruxa no forno, eles fogem sem ela perceber.

No Patinho Feio os pais acharam que era body shaming o patinho ser perseguido por ser feio. Sim, eu sei, pais com mais cromossomos do que uma arruela entenderiam que isso faz parte da história, mas não. Ele não pode ser feio pois no mundo maravilhoso do politicamente correto todo mundo é bonito. Então o patinho feio passar a sofrer bullying por ser… inteligente.

No final quando ele descobre que é um cisne, se transforma em uma ave grande e forte, e os bullies não podem mais bater nele. De certa forma é a mesma mensagem do brilhante e maravilhoso e muito errado Cobra Kai.

Quando vão contar Chapeuzinho Vermelho, aí degringola tudo. A vovó não é mais comida mas presa em um armário, para evitar violência não rola mais a cena do lobo comendo a chapeuzinho e o lenhador/caçador abrindo a barriga dele pra salvar a menina. Também não tem mais a substituição das duas por pedras e o subsequente afogamento do lobo.

Alguns pais chegam a alterar a história ao ponto do lobo perceber seus erros e ficar amigo da Chapeuzinho e dá Vovó, os três provavelmente vegans. Deveriam respeitar a história original, que nunca vou esquecer:

Era uma vez uma menina chamada Chapeuzinho Vermelho. Sua mãe a mandou levar mantimentos para a casa da avó, e não se desviar do caminho. Na estrada da floresta ela encontrou um lobo que perguntou aonde ela ia.

“Estou levando comida para minha avó, que mora na floresta”

“No caminho dos pinheiros?”

“Sim, é lá que minha avó mora.”

O lobo, muito mais rápido seguiu o caminho, achou a casa da vovó. Matou a pobre velhinha, colocou seu sangue em uma garrafa, fatiou sua carne e a colocou em uma bandeja. Vestiu então as roupas dela e esperou Chapeuzinho chegar.

“Olá, vovó, eu trouxe pão e leite”

“Olá, minha netinha, coma alguma coisa. Há carne e vinho na cozinha.”

Chapeuzinho se serviu, sem perceber o que estava comendo. Um gatinho que tudo via falou: 

“Vagabunda, comendo a carne e bebendo o sangue de sua avó!”

O lobo então disse: 

“Tire suas roupas e deite-se na cama comigo.”

“Onde coloco meu avental?”

“Jogue na lareira, você não vai precisar mais dele.”

A cada peça de roupa Chapeuzinho perguntava e o lobo a mandava jogar no fogo. Vestido, blusa, anáguas, corpetes. Completamente nua ela se deitou ao lado do lobo/avó e estranhou.

“Como a senhora é peluda!”

“É para me manter aquecida!

“Oh vovó que unhas grandes!”

“É para me coçar melhor.”

“Vovó, que dentes grandes a senhora tem!”

“São para te comer melhor!”

E então o lobo comeu a Chapeuzinho, e depois a devorou.

The End

Como? Não é essa a versão que você conhece?

A sua versão da Cinderela não tem as irmãs malvadas cortando os dedos dos pés para caberem nos sapatos de cristal (que nem eram de cristal originalmente), e não termina com pombas arrancando os olhos delas?

OK, não me diga que sua Branca de Neve não era perseguida pela mãe (e não madrasta), e que o caçador não recebeu ordens de trazer o fígado e os pulmões da menina, que por acaso tinha 7 anos. E que a punição final da mãe não foi dançar na festa de casamento da filha usando sapatos de ferro em brasa até cair morta.

A Bela Adormecida, bem… ela não se espetou em uma roca, mas com um fragmento de planta debaixo da unha. Seu pai não aceitou que ela estava morta, e a colocou na cama em uma de suas casas, até que um dia um Rei (viu, ganhamos um upgrade!) a encontra e se encanta com a beleza da moça, e vendo que ela não acordava de seu sono, fez o que todo homem normal (no Século XVII) faria: A estuprou ali mesmo.

Ela engravidou e mesmo adormecida deu a luz a duas crianças, uma delas suga a planta do dedo da mãe, ela acorda e vai atrás do Rei, que fica muito feliz em ver que sua amada despertou, mas ele já tinha se casado com outra.

A Rainha, não contente com a chegada da rival, tenta matar e comer os filhos da Bela Adormecida. O Rei então mata a esposa queimando-a viva (queimando morta não seria matar, imagino) e ele, a Bela e os filhos vivem felizes para sempre.

Contos de Fadas não são histórias fofinhas e inocentes, isso é invenção de escritores como os Irmãos Grimm e a Disney, essas histórias tinham um propósito muito maior do que botar crianças para dormir. Eram histórias de alerta, em um tempo sem polícia e sem Lei, onde uma criança poderia desaparecer de um momento para outro e ninguém ligaria.

Chapeuzinho Vermelho na versão mais estabilizada é um alerta para meninas não confiarem em estranhos. Algumas versões a descrevem como uma jovem muito bonita, e o capuz vermelho é um simbolismo de menstruação, dando a entender que ela já estava em idade de atrair a atenção dos homens, e que era importante se preservar ficando longe dos lobos.

A versão impressa mais antiga foi escrita por Charles Perrault e publicada em 1697, mas há versões bem mais antigas, Esopo escreveu uma variação em 6AC e segundo a Dra. Jamie Tehrani a base da história pode ser traçada até 3000AC.

As alterações dos SJWs loucos não são nem de longe as primeiras, nem serão as últimas. As versões são tantas quanto as pessoas que contaram as histórias. Em algumas delas Chapeuzinho foge, em outras só a Vovó morre, em outras ela usa um capuz de ouro. Cada versão tentava passar um ensinamento importante para as crianças da época.

Hoje uma versão atualizada colocaria o lobo pedindo nudes via chat online, mas os pais bunda-moles não entendem o conceito e a utilidade das histórias, o que significa que quase literalmente sem lobos, a história não serve pra nada, e será esquecida.

Essa mania de alterar histórias para que se adequem às morais e gostos correntes não é nova e ninguém está protegido. Nem mesmo Shakespeare. Nos Séculos XVII e XVIII era moda alterar as peças do Bardo de acordo com o “gosto do público”. Em 1667 William Davenant e John Dryden lançaram isto:

 

“A Tempestade ou: A Ilha Encantada”.  Sim, já dá urticária no título, e não acaba aí. Eles cortaram dois terços do texto original, adicionaram personagens e mexeram totalmente na história. Pior, essa se tornou a versão “oficial” até o Século XVIII.

Um tal de Nahum Tate publicou uma versão de Rei Lear em 1681 com direito a… final feliz. E tirou o Bobo da Corte, um personagem fundamental pra história. Essa versão foi a mais popular por 150 anos, período no qual a versão original de Shakespeare foi encenada ZERO vezes.

Romeu e Julieta com final feliz, nem vale o esforço catalogar quantas versões há.

As lendas e contos de fada de antigamente são tão horrorizantes para nós quanto as versões amenizadas são para a militância lacradora. EU não leria pra uma filha uma história como a de Rapunzel, que joga as tranças, abre as pernas engravida do príncipe e é mandada pela bruxa para mendigar pelas ruas com os filhos.

Todas essas imagens sexuais, alegóricas ou explícitas foram removidas pelos contadores de histórias mais modernos, mas eram essenciais em uma época onde as crianças estavam muito mais expostas aos ricos (e benefícios financeiros) de uma sexualidade precoce para os padrões de hoje. O lado sexual só aparece em versões como a Chapeuzinho Vermelho Politicamente Correta, onde o Lobo desafia padrões de gênero e assume seu lado crossdresser. (sério)

Ah sim, nas versões mais antigas a Cachinhos Dourados é comida pelos ursos, e não no sentido gay da coisa. Crianças precisavam aprender que não se entrar na casa dos outros pra roubar o salmão alheio.

E Alladdin? Bem, lembra que os floquinhos reclamaram da cena da Jasmine especialmente gostosa, seduzindo o Jaffar?

Isso foi tirado da versão original, contada no Mil e Uma Noites. Nela Jasmine, que se chama Princesa Badroul Boudour transa com o Aladdin bem antes de se casarem, e é sequestrada por um Mago Africano, e em uma das cenas seduz e embebeda o feiticeiro afronegão para poder deixar Aladdin entrar no palácio. Ou seja: Todos aqueles desenhistas tarados do Deviant Art acertaram no que não viram.

As versões dos novos tempos vão durar? Não, pois falta substância. Persistirão sem sucesso mas logo serão esquecidas, quando as crianças já não tão crianças descobrirem que os personagens bobos e inofensivos de seus pais podem ser radicais, poderosos e… legais.

E se você duvida, lembre-se que nós saímos disto…

para isto:

Bibliografia


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