A verdade sobre a Evolução: Uma grande gambiarra

A verdade sobre a Evolução: Uma grande gambiarra

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Por muito tempo rolou o debate entre Evolução e Criacionismo, um lado dizendo que somos o fruto de bilhões de anos de Evolução via Seleção Natural, outro lado dizendo que toda a Vida na Terra surgiu pronta e acabada, e dinossauros foram enterrados pelo Diabo para nos confundir ou por Deus para testar nossa fé.

O Vaticano, que tem seus dogmas mas é tudo menos burro, passou a aceitar a Teoria da Evolução, ao perceber que ela não tem nada a ver com a biogênese, a criação da vida a partir de matéria inanimada.

Basicamente a Igreja percebeu que poderia colocar Deus lá no começo, derrubando a primeira pedra do dominó, e o resto a Ciência explicaria. Isso se encaixa muito mais com as evidências científicas do que criacionismo, ou pior, criacionismo de Terra Jovem, uma doutrina que defende que o mundo tem 6000 anos de idade.

Nesse pacote surgiu o Design Inteligente, uma narrativa covarde que defende que a Evolução sozinha não conseguiria chegar aos resultados da vida que temos na Terra, então ela teria sido direcionada, modificada por um Projetista, alguma força exterior. Sim, é basicamente criacionismo disfarçado.

A turma do Design Inteligente é tão irritante que em 2012 o Vaticano promoveu um seminário para celebrar os 150 d´A Origem das Espécies, de Charles Darwin, e barrou as inscrições de palestrantes envolvidos com criacionismo e design inteligente.

Nisso tudo o mais engraçado é que os apoiadores do Design Inteligente claramente não entendem nada de Evolução; não há nada de inteligente em nosso design. A Vida na Terra como um todo é um amontado de gambiarras, remendos, coisas que funcionam “bem o bastante”, coisas que mal funcionam e coisas que só funcionam por milagre. O tal Projetista Inteligente provavelmente era o estagiário.

Vamos a alguns exemplos:

1 – Inversão Retinal

Criacionistas gostam de dizer que o olho é uma máquina fantástica, que jamais funcionaria pela metade, mas quando estudamos sua evolução, percebemos que o mais rudimentar conjunto de células capazes de detectar luz já trazem vantagens, organismos capazes de identificar se é dia ou noite tem mais chance de se esconder de predadores.

Em Cosmos é demonstrada a evolução do olho:

Note que isso aconteceu várias vezes de formas independentes, gerando estruturas com a mesma funcionalidade mas com mecanismos diferentes. Nenhum deles perfeito.

No nosso caso, o olho humano é uma bela porcaria. O cérebro tem que compensar um monte de defeitos, incluindo tampar o ponto cego no meio da retina. Ah sim, ele também apaga o nariz de nosso campo de visão, mas agora que eu falei você vai passar um bom tempo percebendo que se fechar um olho seu nariz ocupa boa parte da sua visão. De nada.

A maior gambiarra do olho é a chamada inversão retinal.

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Nossa retina, a região no fundo do olho, é formada por diversas camadas. Há uma camada externa, células bipolares e gângliais, tecido conjuntivo, vasos capilares e embaixo, cones e bastonetes, as células fotosensíveis que detectam luminosidade, movimento e cores. No final, uma camada mais escura que absorve a luz excedente.

O problema é que essa estrutura coloca todas essas células de apoio NA FRENTE dos fotorreceptores. A luz tem que atravessar todas essas camadas até chegar nos cones e bastonetes. É como se você não tirasse a película de plástico da câmera do celular.

E piora, as estruturas das camadas na frente das células receptoras geram sombras, que precisam ser filtradas pelo cérebro. No final nossos olhos recebem bem menos luz, o que explica nossa visão noturna ser uma bela bosta.

Já gatos, por exemplo, possuem uma camada extra no fundo do olho que reflete a luz, então tudo que os cones e bastonetes deixam passar, é refletido de volta, dando aos fótons uma segunda chance de ser captados. Por isso a capacidade de iluminação retinal dos gatos é 5.2x maior que a dos humanos.

2 – Nervo laríngeo recorrente

Imagine que você é um vertebrado pré-histórico, um dos primeiros. Um dia você começa a desenvolver guelras, e graças à Evolução, surge um nervo que desce pela sua aorta, faz a volta e chega nas guelras, por trás. Isso te dá mais controle sobre sua respiração, e você acaba virando um peixe feliz e serelepe.

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Como peixe não tem pescoço, o caminho acidental passando pela aorta, perto do coração, não é nenhuma desvantagem. Só que você continua a evoluir, um belo dia você não é mais um peixe, e quando percebe virou um monte de animais diferentes, e suas guelras agora viraram cordas vocais, e o nervo laríngeo recorrente controla sua laringe, suas cordas vocais e permite que você se comunique com outros da espécie.

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Isso é vantajoso, então o nervo não vai a lugar nenhum. Exceto que a distância entre a laringe e a aorta em um lobo, por exemplo, é bem maior que em um peixe. Eventualmente a situação se tornou ridícula.

Em girafas o nervo laríngeo recorrente sai do cérebro (na verdade ele se divide do nervo Vago mas é pertinho), desce até a aorta, volta até a laringe e para isso percorre quase 5 metros.

Em alguns dinossauros o nervo laríngeo chegava a ter mais de 28 metros de comprimento, para conectar dois pontos a alguns centímetros um do outro. Muito inteligente esse design!

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3 – de quatro é mais gostoso

Se você é idoso -ou seja, tem mais de 25 anos- reclama da coluna. Se carrega peso, reclama da coluna. Se você é gordo, reclama da coluna. Se é mulher peituda, reclama da coluna. Nossa coluna é uma pilha de ossos e discos de cartilagem que sofre de lordose escoliose hérnia Espondilolistese esculambose.

Os discos na base da coluna suportam todo o peso da parte superior do corpo. Não temos uma posição natural para ficar, nossa coluna dói se ficamos de pé muito tempo.

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A culpa disso? A Evolução, que teve a BRILHANTE idéia de transformar quadrúpedes felizes em bípedes, e como se não bastasse, de chimpanzés e gorilas, que caminham curvos e se apoiando nos membros dianteiros, viramos bípedes reais.

O ser humano é o único animal bípede do planeta com uma postura totalmente vertical, que é ótima para identificar predadores no Serengeti, é ótima para correr longas distâncias, mas assim como o pouso de super-herói, é terrível para a coluna.

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Yay bipedalismo!

O bipedalismo trouxe um monte de efeitos colaterais, afetando até o parto, que em humanos é complicado e doloroso, pois a pélvis não pode crescer para acompanhar o aumento do cérebro (e por consequência o de nossas cabeças). Pélvis muito largas inviabilizam o bipedalismo.

4 – Aí não!

Um dos pontos mais vulneráveis do Homem são as jóias da coroa. Chega a dar raiva de Darwin como os testículos ficam expostos, vulneráveis a ataques de inimigo -ou pior- de namorada querendo brincar de briguinha.

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Em várias espécies os testículos são internos, mas a Evolução preferiu fazer os nossos do lado de fora, para pegar brisa, pois nossos nadadores não sobrevivem na temperatura normal do corpo.

Sendo justo, essa gambiarra nem era tão ruim quando éramos quadrúpedes, foi a gambiarra de virar bípede que complicou tudo.

Como menções honrosas temos todos os órgãos vestigiais, músculos que não servem pra nada e capacidades que algumas pessoas ainda mantém, como conseguir mexer as orelhas, algo que era essencial antigamente, mas depois que nos tornamos primatas perdeu o sentido.

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Temos reflexos em bebês recém-nascidos que se agarram quando encostamos na palma da mão, algo útil quando sua mãe tem pelos e te carrega de um lado para outro nas costas.

Ficamos arrepiados em situações de perigo, é igual seu gato quando fica eriçado quando está com medo, a diferença é que -se você não for o Tony Ramos- perdemos a cobertura de pêlos, ficando só o reflexo e alguns cabelinhos remanescentes.

A imensa pilha de gambiarras, modificando nossos crânios desde quando éramos peixes nos deixou com sinos nasais, espaços ocos no rosto, cheios de ar. Só servem para deixar nossos rostos mais frágeis e para desenvolvermos sinusite. Toda explicação para os sinos até hoje é pura especulação.

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Você tem (mais) buracos no seu rosto.

Temos também a Prega semilunar da conjuntiva, é aquele pedacinho da carne no canto do olho. É parte vestigial de uma terceira pálpebra, comum em répteis, aves e peixes. Neles funciona como uma espécie de limpador de pára-brisa, mantendo o olho livre de corpos estranhos. Na gente, não serve pra nada.

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E por falar em prega, talvez a maior prova de que a Evolução é uma grande gambiarra e não há nada de inteligente nesse design: Quem foi o gênio que colocou a saída de esgoto do lado da área de lazer?

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