As salsinhas e o desemprego

Esta eu descobri graças ao Guilherme, que me mandou um link sobre a Sylvia Kristel, no Verdes Trigos. Imediatamente me lembrei de um de meus desejos de infância, minha vizinha…

O Manoel e a erva maldita

Estava passando pela porta do quarto da empregada quando vi que ela estava lendo um post com uma argumentação interessante*: As salsinhas estão dominando o mundo?

O Manoel acha que sim, ele está preocupado com a proliferação de blogs com conteúdo MUITO ruim, dizendo textualmente:

Com a crescente ascenção dos tubérculos e salsinhas aos blogs, estamos vendo aumentar a quantidade de blogs com conteúdo classe Z, que vai do duvidoso à porcaria mesmo

Também diz:

Felizmente (ou infelizmente), é muito fácil publicar qualquer coisa que se queira na Internet. E os blogs tiveram um papel fundamental nesse avanço. Qualquer um pode manter um blog, com um mínimo ou nenhum gasto – e o pior (ou melhor), ainda pode ganhar dinheiro com isso.

Eu acho que é só felizmente. Eu prefiro ter 1000 blogs ruins, que nem tomo conhecimento da existência, a perder a chance de ler UM blog que eu goste e visite. Ainda nos anos 90, em meu primeiro livro, falei da maravilha que era a Internet, onde qualquer um estaria de igual-para-igual com qualquer Roberto Marinho, onde nossas páginas são tão facilmente acessadas quanto a do maior dos portais.

contraditorium-salsinha2-tn O Manoel e a erva maldita

É verdade. E até melhor. Nas buscas do Google é muito mais fácil ver blogs aparecendo em primeiro lugar do que grandes portais. Esse poder, essa capacidade de por puro mérito (e bom uso de técnicas de SEO <== aprenda-as aqui) aparecer no alto das buscas deve irritar tanto os blogueiros ruins quanto os editores dos portais, que com todo seu dinheiro não conseguem ficar na frente de nossos bloguinhos insignificantes.

Só por isso já daria para justificar a existência das salsinhas (que chique, estou em primeiro no Google pra pesquisa com o termo “salsinhas“).

Como Linus roubou o código do Windows e outras maravilhas do jornalismo especializado

Segundo o IDG Linus Torvalds, basicamente roubou o código-fonte do Windows para fazer o Linux. Sério, vejam a afirmação, neste artigo deles, descoberto pelo BR-Linux:

Se Linus Torvalds não experimentasse o código fonte do Windows e o tivesse personalizado como quis, ele talvez nunca tivesse criado o kernel Linux.

Chocante, não?

Não. É só mais um erro besta de tradução. O estagiário que traduz artigos da PC World para publicação na versão nacional fez o melhor que conseguiu. Estagiários mal são formas de vida, é compreensível.

O que não é compreensível é esse tipo de erro -comum- passar batido. A culpa é de uma aberração no Brasil (e em parte no Mundo) – o jornalismo especializado por delegação. O sujeito raramente tem uma graduação na área (não que eu defenda isso como obrigatório), ou sequer é fã, interessado, usuário. Normalmente surge a idéia de fazer uma coluna sobre tecnologia, escolhem quem está mais folgado e delegam. “Agora você cuida da informática, Zé”.

Blogcamp 2007 – SP

No final de Agosto a Internet vai ficar bem mais tranquila. Em especial nos dias 25 e 26, quando acontecerá o BlogCamp, um Barcamp de blogs. O BarCamp, como ninguém…