Fadas Não Mais Safadas

❝Uma garotinha tinha que levar pão e leite para sua avó. Enquanto caminhava pela floresta um lobo surgiu e perguntou aonde ela estava indo. “Para a casa da vovó.” O…

Abaixo a Tolerância

A pergunta desta semana do Palco HSBC é “Você aceitaria ser padrinho em um casamento gay?”. Quem quiser participar por favor vá na caixinha ao lado e responda.

Ser padrinho em um casamento implica uma relação pessoal de amizade e respeito, eu não consigo imaginar alguém que tenha contato suficiente com um casal gay para ser chamado como padrinho, e rejeitE por causa da condição… gay do casal.

Se for alguém apenas tolerante, aí sim.

hellen_portia_capa Abaixo a TolerânciaEu odeio esse termo “tolerânciabbli Abaixo a Tolerância”. Tolerar é suportar algo que nos desagrada. Ser tolerante é ser contra mas não tomar atitude. Eu não acho que isso seja o que os gays ou qualquer outra minoria deseje. Saber que o vizinho me odeia mas não faz nada por ser “tolerante” não é um grande consolo.

O que deve ser ensinado vai muito além da tolerância. A tolerância leva ao politicamente correto, onde os preconceitos se mantém, apenas são internalizados.

Um bom exemplo é o cenário americano. Vários Estados aprovaram união civil entre gays, a televisão nunca esteve tão colorida, rapazes alegres decoram casas, dão make-overs em brucutus mal-vestidos, estrelam seriados de televisão e ganharam até uma franquia de filmes de vampiros só para eles.

Em teoria estamos vivendo tempos de aceitação e integração, certo?

Errado, em tudo que é lugar onde são feitos plebiscitos, o casamento gay está sendo rejeitado. Não por políticos, pela população mesmo. E não adianta dizer que é lobby da ala conservadora. A Ala Alegre também faz lobby. São campanhas abertas de grupos defendendo seus interesses.

A culpa é dos próprios ativistas gays politicamente corretos. Pronto, falei. A culpa é de quem bradou por tolerância, achando que era uma excelente bandeira.

Pior que Ecochato só RespoChato

O Tema desta semana do Palco HSBC é “Responsabilidade”. Estava rendendo um bom texto, até perceber que eu estava sendo tão politicamente correto quanto o objeto de minha crítica.

Outro dia me mandaram um link de uma manifestação pró ou contra alguma coisa. No melhor estilo Vamos Salvar o Mundo das Cáries, petição online, remédio homeopático ou outros recursos igualmente eficientes. A cereja do bolo foi o “Retwuite, se ama o Brasil”.

Não quero esse tipo de responsabilidade. Melhor: Não quero ser responsável por tudo o tempo todo. Desculpem, eu não costumo usar fora do âmbito profissional a expressão, mas “já estava assim quando eu cheguei”.

Eu tenho plena consciência de que não vou mudar o mundo. Aliás, ninguém vai. Eu me recuso a assumir esse tipo de responsabilidade. Não é omissão, apenas não é da minha jurisdição. Isso só me tornaria mais chato do que já sou.