Gafanhotos, Pérolas, Porcos, UNIBAN e Judeus
Muito tempo atrás, em um BBS muito distante uma usuária postou uma dúvida complexa. Estava em um bom dia, então resolvi responder. Escrevi um texto enorme, começando com “seu problema é complicado mas tem solução. Preste atenção, pequeno gafanhoto…”
Foi o suficiente para o SYSOP do BBS receber um email irado, a mulher postar reclamação em público e exigir minha cabeça. “você não pode me desrespeitar assim, não fiz nada para ser chamada de inseto”.
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De vez em quando por puro masoquismo faço citações a Groo, o Errante, excelente quadrinho de Sérgio Aragones. Uma das gags clássicas é quando algum personagem diz “isso é evidente, como qualquer idiota pode ver” e Groo responde “eu posso ver!”. Adapto para “Qualquer idiota sabe disso. Eu sei disso” ou algo assim.
Em 98% dos casos o sujeito dá piti achando que foi chamado de idiota.
A maior lição da TV é que o mundo não é preto-e-branco
Durante muito tempo tive a ilusão de que ser Geek bastaria, que era parte de uma fraternidade enorme, mas hoje vejo que minha subcultura não é maior que os Furries.
Falo dos Geeks de verdade, não dos posers. Hoje virou moda ser nerd, a TV e o cinema passam a idéia até de que gente que não joga futebol americano tem chance de comer a Megan Fox.
Vou contar um segredo: assistir Senhor dos Anéis não te torna Geek. Assistir Matrix não te torna hacker. Assistir filmes de sacanagem não te tornam bom de cama, exceto se bom de cama for fazer as mulheres rirem ao imitar posições que só fazem sentido se tiver uma câmera filmando.
A Cultura Geek, por mais paradoxal que seja não se aprende no cinema. Nem na TV.