Astróloga, Haddad? Isso sim é apoio melhor que o do Maluf!

astrology2_thumb Astróloga, Haddad? Isso sim é apoio melhor que o do Maluf!Em tempos de Magia Negra na Casa da Dinda, fica até estranho me espantar com casos menores, afinal religião e política sempre foram farinha do mesmo saco, mas fica complicado quando a política é de 3ª e a religião é uma crendice arcaica.

Eu sei, estou em minoria, mas é um saco viver cercado de gente que defende e acredita em fantasias da Idade do Bronze. Ser antigo não quer dizer que esteja certo, se for assim joguemos a química fora e fiquemos com a alquimia.

De todas essas crendices talvez a pior seja astrologia. Há quem pregue que é algo inofensivo, só uma besteirinha que as pessoas lêem no jornal antes de sair de casa. Primeiro, que diabos é esse tal de “jornal” que falam? Ah, Papel do Gato, lembrei. Segundo, quem mais defende essa “inofensibilidade” é quem sabe de cor ascendente, descendente, signo cíclico e arcano quântico.

Terceiro e pior: Como toda pseudociência, o perigo da astrologia não está nela em si, mas nas pessoas que a levam a sério, pois essas pessoas são influenciadas pelos curandeiros, místicos e outros picaretas do gênero.

Como? Ninguém leva isso a sério? Pergunte então pra Joan Quigley, astróloga pessoal de Ronald Reagan, tão eficiente que já era conhecida da Primeira Dama mas só apareceu depois que ele sofreu um atentado, no melhor estilo “eu sabia que algo iria acontecer”.

Cazaquistão e o oposto do sofativismo

borat_thumb Cazaquistão e o oposto do sofativismo

Embora tenha grandes riquezas naturais, como o melhor Potássio do mundo e algumas das prostitutas mais limpas da Ásia Central boa parte da renda do Cazaquistão vem do petróleo, e como toda ex-republiqueta soviética não é muito afeita a essa tal de democracia.

O país só teve um Presidente (ao menos para as crianças isso é bom, menos nome pra decorar): Nursultan Nazarbayev, que vem sendo reeleito desde 1991. Ele tem poder de vetar qualquer Lei, é Comandante em Chefe das Forças Armadas e consegue até compra Coca com casco de Pepsi.

Na última eleição Nazarbayev ganhou com 95.54% dos votos, o que significa que –se o pleito foi honesto- esse sujeito é mais popular que Jesus Cristo, ou o candidato de oposição foi o Sacha Baron Cohen.

Com isso tudo é normal que essa gente não saiba lidar com dissidência, ou até saiba bem demais. Qualquer embrião de protesto era devidamente yorkshirezado pelo governo, mas como estamos falando de déspostas e não enfermeiras idiotas, garantiam primeiro que não havia ninguém filmando.

Agora o bicho pegou de novo. Na cidade de Zhanaozen (150Km de Azkaban), um dos centros petrolíferos do país trabalhadores começaram a protestar feio, com greves e piquetes.

As reinvindicações são (infelizmente) as de sempre: Melhores condições de trabalho e salário decente. Um soldador com 20 anos de empresa ganha por lá o equivalente a US$810,00. Pelo que aprendi em Eurotrip é uma bela grana, mas ainda pouco pelos padrões internacionais.

O Twitter da Dilma, ou “Obrigado, Esparro”

dilmabye O Twitter da Dilma, ou "Obrigado, Esparro"

A última eleição no Brasil foi vista por muitos como “A” eleição das mídias sociais, com direito a “marketeiro do Obama”, candidatos soltando vídeos no YouTube, Orkutando e Tuitando pra todo lado.

Eu não discordo, embora ache que o alcance das redes sociais na terra onde se vota em troca de sapato e emprego pro filho ainda é limitado. Convenhamos, se Internet influenciasse tanto ninguém precisaria de boca de urna, a forma de divulgação mais idiota possível, e uma das que melhor funciona.

O que me assusta é que no Brasil, ao menos no nível do Poder Executivo as redes sociais são vistas como uma versão moderna da boca de urna, do santinho, do galhardete pregado no poste. A única vantagem para nós eleitores é que a Internet não fica suja como as ruas, depois das eleições.

O melhor exemplo é a campanha da Presidente Dilma. Lançado com pompa e circunstância seu pé nas redes sociais foi enorme, utilizando de forma correta as ferramentas Dilma amealhou centenas de milhares de seguidores, chegando a momentos de puro estadismo, quando trocou amabilidades com os adversários. Por um breve instante parecia que estávamos diante de uma Utopia, onde políticos trabalhariam de forma transparente.