Querido Leitor: Sua fidelidade não paga meu aluguel
Quer ficar famoso? Monte um podcast
Se nos basearmos apenas em números não faz sentido fazer podcast, muito menos no Brasil. E nem estou falando de podcasts “enhanced”, que só a minoria absoluta com iPods pode ver. Os números são pífios se comparados com blogs. 300 ouvintes e o podcasteiro está soltando fogos. Um blog fraco tem isso, por dia. A quantidade de podcasts disponíveis é mínima, não há um agregador decente nacional e por esnobar rádio AM a maioria acaba usando como modelo o programa da Xuxa, com direito a cartinhas, beijinhos encomendados, etc.
Mesmo assim o Podcast é, de longe, muito mais aceito pela mídia convencional E pelo público, mesmo que não o consuma.
O motivo é simples: O Podcast, queiram ou não queiram os defensores do hype, nada mais é que um programa de rádio. Gravado. Quando eu era criança já fazíamos “podcast”, com gravador K7, editando, adicionando efeitos sonoros e tudo. (se você tivesse dois gravadores ou conseguisse um emprestado).
Um internauta típico (aquele que se assusta com vírus do ursinho) entende o que é Podcast. é um conceito familiar.
Meu trackback, meu tesouro
Autores prolixos tendem a ser leitores compulsivos. É uma das regras não-escritas mais claras, quanto mais você lê, melhor você escreve. Se você gosta de escrever fatalmente gostará de ler. Claro, há exceções, conheci uma menina cujo sonho era editar um jornal, mas ela odiava ler jornal. Mas tudo bem, tinha 15 anos e um caso com o síndico do condomínio, um português uns 40 anos mais velho mas… chega de fofoca.
O problema para quem é leitor compulsivo de blogs é achar novidades. Por mais que tenhamos blogs em nossos leitores de RSS, sendo realista a atualização não é o forte. Tem gente que posta de três em três dias, outros de cinco em cinco, ou o MrManson que posta uma vez por ano dizendo que este ano ele vai voltar a postar.
Aí que entram os trackbacks.