Garimpando Conteúdo – achado não é roubado

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Eu vou contar um segredo: Sou preguiçoso. MUITO. Nos anos 80 eu reclamava com uma namorada, pois ela morava do outro lado do bairro. (anos depois o Universo cuidou de me punir lindamente, mas isso é outra história)

Eu gosto de escrever, gosto mesmo, mas começar é complicado. Todos os meus contos invariavelmente começam com “Era uma noite escura. A chuva caía na sarjeta…”. Depois que a história de desenvolve em apago o começo, mas para não me penalizar demais, começo assim.

Nos blogs a mesma coisa. Achar o tema de um post é algo chato. Eu varro toneladas de feeds para achar assunto pro MeioBit. Há dias em que nada se salva. Exigente demais? Talvez.

Nos meus blogs, é pior ainda. Como faço textos maiores, preciso de uma idéia forte, e nem sempre dá pra apertar o botão ou puxar a alavanca (dependendo do seu gênero) e sair com uma idéia.

Nessas horas o melhor é deixar o subconsciente trabalhar. Vou ler os blogs que gosto, e sempre acabo com um post, pois depois de ler 100 ou 200 feeds, três coisas acontecem:

1 – Post de Follow-Up

Eu leio algo que gosto (ou não). Acho que posso contribuir com a discussão, então faço um texto expondo minha opinião. Geralmente rende muitos trackbacks, pois acabo citando vários participantes. Como sou esquisito, eu leio comentários, e isso rende mais trackbacks ainda. Acabo com um texto rico e cheio de referências. Eu gosto, com diz o Borat

2 – Post-Notícia

Quando leio alguma notícia em um jornal ou blog que foge da blogosfera (sim, existe mundo fora da blogosfera) e acho interessante comentar. Fiz isso com o Henry Sobel, também fiz com a história do ônibus 174. Só corre o risco de cair na irrelevância, se for um dia sem grandes notícias. Convenhamos, ninguém aguenta mais professoras louras gostosonas abusando de pobres meninos de 15 anos e padres pedófilos comendo garotinhos. O potencial, seja de humor, seja de mundo-cão desse tipo de notícia está mais que esgotado. Gracinhas com fotos também não funcionam pra mim. Para produzir conteúdo preciso partir de algum conteúdo, e quanto mais rala a origem, pior o resultado.

3 – Post Inspirado

É o melhor de todos. Aparece geralmente no final do dia, depois de ruminar o material lido durante a tarde. Acaba tendo poucos trackbacks, pois a inspiração vem de muitos blogs e sites diferentes. Esse é o tipo de post que flui naturalmente, parece que se escreve sozinho, mas depende de toda a informação absorvida durante o dia.

Esse post é o que rende melhor resultado, é o mais trabalhoso mas como você não percebe que está processando a informação, se sente até culpado por ter escrito algo tão bom de forma tão fácil.

O cenário ideal para mim é quando surge algum email com uma sugestão interessante, ou mesmo um convite com tema. Ter um ponto de partida é o sonho dourado do escritor preguiçoso. Agora mesmo estou produzindo um material grande, mas não passei do sumário. Eu juro, pelo Olho de Thundera, que se tivesse um sumário pronto em minha mão o trabalho já estaria acabado.


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