Se o Submarino bater de frente com o AdSense, seu blog vai a pique.

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Trabalhar com uma única forma de monetização não é a melhor estratégia para um site que queira se tornar realmente lucrativo, mas misturar indiscriminadamente anunciantes diferentes não é a saída. Você corre o risco de afundar seu blog no processo.

Mesmo assim é algo que precisa ser feito, em algum momento. Os anúncios contextuais do Google são ótimos, mas exigem muitas impressões para se tornarem rentáveis, e não são customizáveis. Você pode até indicar quais anunciantes não quer, mas não pode exibir um produto específico.

Um post que fale de uma música, um livro, um filme, dificilmente irá render um banner do AdSense para a aquisição da obra. Se indicar, você ganhará pelo clique, não a comissão. Imagine se o sujeito compra um Notebook Sony Vaio de R$8 mil e você ganha… US$0,20? Maravilhoso, não?

Os programas de sites como o Submarino permitem que você indique produtos, e ganha uma comissão sobre o preço da venda. 10% ou 15% sobre o tal Sony Vaio me deixariam muito feliz.

Então, qual o motivo de não ter nada do Submarino aqui?

Simples: Considero os anúncios genéricos do Submarino / MercadoLivre / Buscapé a forma mais rápida de transformar seu blog em uma penteadeira de puta (com o devido respeito à Bruna Surfistinha). Você vê banners de mau gosto pipocando e pulando, produtos aleatórios disputando a atenção do leitor e sem nada a ver com seu anúncio. Isso é muito ruim.

Se eu faço uma resenha sobre a série The L Word, colocar no final da mesma um banner “compre aqui os DVDs da primeira temporada” é um serviço, absolutamente pertinente ao tema do post. Se ao invés disso entrar dois ou três anúncios de batedeira, absorvente e Herbalife, o banner se torna poluição. Adicionar isso ao espaço já ocupado pelo AdSense acaba com qualquer experiência de leitura.

Portanto o anúncio do Submarino tem que ser absolutamente preciso.

Não há margem para erro, se você não tiver uma indicação válida, deixe o espaço em branco. Aqui começam os problemas. O AdSense proíbe que você use propaganda contextual de concorrentes. Não dá para ter um script de terceiros analizando o conteúdo do artigo e incluindo banners baseado no mesmo, como o AdSense faz.

Mesmo que fosse permitido, não existe nenhum anunciante com o grau de precisão necessário. Não há nenhum plugin para isso. O Bruno Alves fez um Plugin WordPress para o Mercado Livre com uma funcionalidade bem interessante, mas não é o que preciso.

A única forma de conseguir essa precisão e manualmente, e isso dá muito trabalho. O Judão quando pode faz esse tipo de inserção, mas sabiamente não o faz em todos os posts. Mesmo assim eles têm uma equipe enorme, o Borbs tem 12 dedos (ou algo assim) então dão conta. Um blogueiro solitário não tem como dedicar o tempo necessário a esse tipo de customização.

Se houvesse um plugin para o Submarino onde o blogueiro indicasse os produtos relacionados com o post, as imagens, nomes e preços fossem devidamente capturados do site da loja, montados e exibidos automaticamente em uma área ao final do post, teríamos publicidade transformada em serviço, muito mais dinheiro para os blogueiros e muito mais visitantes satisfeitos. Infelizmente esse plugin (ainda) não existe.

Meu feeling me diz que um uso racional desse modelo de afiliação em um site de visitação razoável pode ser mais rentável que o AdSense. Claro, Nizan Guanaes lembra que a única pessoa que ganhou dinheiro com Feeling no Brasil foi Morris Albert. E tem razão.

Eu estou disposto a estudar o desenvolvimento de um plugin assim para o WordPress, mas antes gostaria de ouvir a experiência dos que já usam o Submarino da maneira tradicional, pode ser que eu esteja deixando de perceber algo importante.

Aviso aos Navegantes

Indicar links para produtos que surgem naturalmente em seus textos, filmes e séries que você comenta é perfeitamente kosher, mas começar a escrever posts sobre tudo que é quinquilharia apenas para ganhar na indicação de vendas é transformar o seu blog em um canal de televendas, o caminho perfeito para perder todos os seus leitores qualificados, o respeito de seus pares e, no final, até as comissões de vendas, pois propaganda por propaganda o sujeito vê direito no site da loja.


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