Cartões de visita e outras ferramentas arcaicas e imprescindíveis

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É anacrônico, em pleno Século XXI dependermos de um pedaço de papel para trocar informações. Mesmo assim, ainda não há nada mais prático, e ai de quem não tem um cartão de visitas. Aliás, ai de mim.

Em situações controladas, claro, a tecnologia resolve. Em encontros de usuários de Palm sempre rolava “a Hora do Beam”, quando trocávamos dados de contato. Era bem simples, você apertava um botão e o Palm enviava via infravermelho um registro com seus dados, para outro Palm.

Na prática havia o sujeito com o Palm que não recebia transmissões de jeito nenhum. Havia o sujeito com o Palm com o infravermelho sempre desligado. Havia o sujeito com o PocketPC, que não falava com ninguém. Havia o sujeito com o Palm com câmera querendo fazer fotos antes de adicionar o contato de cada um. Principalmente, você por educação era obrigado a dar seus dados para todo mundo, inclusive o Gollum. E se você não conhece o Gollum, das reuniões no Rio, você é feliz.

Então veio o Bluetooth. Agora você pode perguntar se o seu interlocutor tem Bluetooth (no celular). Se for afirmativo, basta que você peça que ele habilite o Bluetooth no aparelho. OK. Agora você pega o seu celular. Habilita o Bluetooth também, habilitou? Excelente. Vá na agenda de contatos. Escolha o seu. Selecione para enviar. Não, não por email. Varra as opções até chegar em Bluetooth.

(pausa pra respirar)

Agora ele vai pesquisar os aparelhos disponíveis no local. Muito provavelmente o seu interlocutor não terá mudado o nome do aparelho, então reze para “Nokia 6600” ser o dele. Comece a enviar. OK, foi.

Como assim ele não recebeu? Ah, sim. O aparelho dele NÃO está com o Bluetooth ativado para receber conexões. Altere para ele, e aproveite mude o nome do aparelho para Nokia-Mario ou algo assim. Tente de novo.

OK, agora foi.

Viu?

Não é muito mais simples do que entregar um cartão de visitas?



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