Eu implico muito com os jornalistas da velha mídia, que não aceitam críticas, odeiam leitores impertinentes que os questionam e blogs em geral, mas alguns representantes do 4o Poder estão acima disso tudo. Seja por suas idéias progressistas, seja por suas atitudes.
De todos os que mais admiro são os correspondentes de guerra. Uma coisa é ficar com a bunda em uma cadeira confortável, comento Doritos (algum fabricante quer patrocinar lanche de blogueiro? Eu topo) e apontando o dedo para as falhas miseráveis de estratégia de Saddam Hussein.
Outra coisa é ficar no terraço de um hotel em Bagdá, durante o maior ataque aéreo desde a 2a Guerra Mundial.
Vejam por exemplo os quatro jornalistas turcos do vídeo abaixo.
Estavam na Geórgia, dia 10/8, percorrendo uma região onde tropas russas e georgianas se enfrentavam.
Do nada o carro começa a ser atingido. Um deles toma um tiro de raspão na cabeça, mas sem nenhum efeito “Rambo”, continua lúcido e consciente da roubada que se meteram.
Ao mesmo tempo o cameraman continua filmando tudo.
É um perrengue como eles jamais passaram, e pra piorar não tinham nem uma camiseta para fazer de bandeira branca, que dirá uma bandeira francesa, símbolo internacional de rendição imediata.
No final todos sobreviveram, embora o jornalista atingido, Levent Öztürk, tenha perdido o olho esquerdo. Mesmo assim ele quer voltar para cobrir o front assim que for possível.
Dá pra não respeitar um cara desses? A única coisa questionável é sua sanidade. O resto, boto a mão no fogo.