Lembram do post que escrevi onde conto sobre uma ONG de São Paulo que tenta identificar alunos super-dotados e incentivá-los com bolsas de estudo, computadores e acompanhamento pedagógico, e o Secretário de Educação de SP, o incrível Gabriel Chalita proibiu a entidade de aplicar testes junto aos alunos, alegando que privilegiar alunos superdotados seria errado, atitude corroborada pela Secretária de Educação do Município de São Paulo, que soltou a pérola máxima?
“Se havia uma preocupação com os alunos fora de série, por que não focar naqueles com síndrome de Down?”
Pois bem. Fico feliz que uma vez, ao menos uma vez a praga do politicamente correto, o nivelamento por baixo, a forrestgumpificação do estudante brasileiro não ocorreu. Por um milagre da natureza politicamente incorreta, darwinista e competititva, estudantes com notas boas serão privilegiados. Vejam esta notícia d’O Globo:
RIO – O governador do Rio, Sergio Cabral, anunciou que vai distribuir 2
mil notebooks para os alunos do 9º do ensino fundamental e do 3º ano do
médio – mil para cada série – que tirarem as melhores notas no Programa
de Avaliação Externa do Desempenho Escolar, desenvolvido pela
Secretaria de Estado de Educação (Seeduc).
CLARO que nos comentários já tem gente reclamando. E a dengue, e os salários dos professores, e os salários da polícia?
Sinceramente nesse caso estou pouco me lixando. Compre Off e não encha meu saco. E não, não me interessa que a molecada vai usar o computador para acessar MSN e Orkut. Uma minoria, pequena mas existente vai usar para estudar, como estudou para as provas que os capacitaram a receber o prêmio.
É essa mentalidade que precisam aprender: Bom Trabalho traz recompensa. Chega de salas de aula cheias de estudantes burros arrastando os mais inteligentes para a vala comum. Quero ver agora, quando algum chato chamar esses estudantes de CDF, eles podem responder “FODA-SE, com isso ganhei um notebook, e você?”
Eu tive um professor que dava fitinhas e medalhinhas para alunos com notas altas. Um belo dia ele parou. Fui perguntar, as pedagogas (como eu odeio essa raça) tinham dito que essa atitude dele “estimulava competição” entre os alunos e não era bom. Mais uma vez o comunismo se metendo na sala de aula, nivelando todos por baixo.
Eu teria me esforçado extra, para ganhar um notebook, se no meu tempo de colégio tivesse um programa desses? Tenho a decência de dizer que sim, com certeza. Como o pessoal do Degustibus cansa de repetir, incentivos funcionam. E se o moleque vai aprender por causa de um notebook e não por alguma aspiração nobre de um futuro distante e ideais etéreos, sinceramente pouco me importa.
O que não dá é ter uma geração falando miguxês e incapaz de concatenar duas frases, que dirá duas idéias, e dizer que isso é natural pois é fruto de uma educação mais relaxada, mais humana, mais socialista e menos voltada à competição e à exploração.
Eu quero uma educação que forme Steve Jobs e Steve Wozniak, não Chavez e Morales. E se para isso meus impostos vão comprar notebooks para a molecada, que bom!
Só não comprem Toshibas, são uma droga.