Quênia avisa Somália de Bombardeio via Twitter. Breaking News: Somália tem Twitter

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quenia

Talvez você não saiba, mas quebrando a incrível paz e prosperidades do Jardim do Éden que é o continente africano, o Quênia está envolvido num arranca-rabo com a Somália. Tem a ver com rebeldes extremistas somalis, que lutam por alguma parada aí, não importa.

Desde que perderam sua mais lucrativa forma de lidar com indesejados, as nações africanas abriram os braços para benfeitores Europeus, asiáticos e americanos, preocupados em garantir –por um módico preço- que o continente ancestral tenha acesso a pelo menos parte da tecnologia desenvolvida pelas nações mais avançadas.

Esse projeto de inclusão tem dado certo, a tal tecnologia foi tão bem assimilada que foi parar até na bandeira de Moçambique.

mocambique

A não menos perigosa (perguntem pro Egito) telefonia móvel também está sendo difundida, junto com as redes sociais, mas por enquanto estão longe de uma abrangência realmente significativa. Mesmo assim há quem saia na frente, como o Ministério da Defesa do Quênia, na figura do Major Emmanuel Chirchir, porta-voz e figura ativa na rede.

O Major postou dia 1o uma mensagem avisando de ataques contra 9 cidades somalis, usadas como esconderijo pelos rebeldes radicais. Em uma demonstração da infinita compaixão queniana para com seus irmãos somalis que seriam bombardeados em breve, ele chegou a pedir que as pessoas avisassem amigos e parentes nas cidades listadas como alvo.

Implícito ficou que não deveriam avisar nenhum dos rebeldes, que até por uma questão de coerência não devem seguir o Major no Twitter.

Os ataques são ou serão feitos com caças F5, que não convém falar muito mal pois são o grosso da força de defesa brasileira contra alienígenas e argentinos (ou argentinos alienígenas, a pior das raças). Criado nos anos 50 já obsoleto para ser vendido a preço camarada para nações amigas dos EUA, e nesse ponto fez sucesso, exceto para quem é bombardeado por seu armamento sem precisão e jogado de qualquer jeito.

Esse futuro em que vivemos é no mínimo divertido. Antigamente só sabíamos de guerrinhas irrelevantes em países esquecíveis através dos jornais, hoje podemos ignorar os mesmos conflitos ao mesmo tempo em que acompanhamos as fofocas.

Convenhamos, tem coisa melhor do que ver um vídeo no YouTube mostrando a Marina Queniana (não ria) afundando um barco de rebeldes somali?

OK, tem, é ver o Major Chirchir comentando que a presença dos rebeldes inflacionou o preço dos burros na região:

burros

 

Para uma parcela mais esclarecida da população (na qual não me incluo) esse uso das redes sociais é uma forma de acompanhar com preocupação conflitos que normalmente são ignorados pela mídia e pelos governos do 1o Mundo, já para outra parcela é apenas uma forma de se divertir com histórias pitorescas de lugares distantes que ninguém em sã consciência pretende visitar.

Há quem considere isso uma visão ofensiva, mas sendo realista, no final dá no mesmo, o único patrimônio negro africano que interessa ao ocidente vem dentro de barris.

Se bem que a US$200,00 por cabeça, há um bom mercado para venda de burros na Somália..

Fonte: Wired


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