Precisamos falar sobre Arte, Inteligência Artificial, Luciana Vendramini e a Caixa de Pandora

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Linda foto, pena que ela não existe.

Uma revolução de vez em quando é uma coisa saudável, já dizia o Capitão Marko Ramius, mas raramente percebemos o começo de uma. Desta vez veremos a completa destruição e renovação do mundo das artes e entretenimento, de uma forma nunca vista antes.

Quem me acompanha no Twitter sabe que estou falando das técnicas de inteligência artificial para geração de imagens, uma curiosidade de laboratórios de pesquisa que “escapou” para o mundo real.

Perfeito, no ponto, exceto que…

Eu detalhei (até demais) a Ciência por trás dessa técnica nestes dois artigos aqui e aqui, então só um breve resumo: Um grupo de malucos conseguiu ensinar uma rede neural a identificar padrões em ruído; sabe quando você vê uma nuvem e ela parece um animal ou pessoa, ou quando sua torrada vem com uma parte queimada que é suspeitosamente parecida com jesus?

A Inteligência Artificial* se tornou extremamente boa nisso, depois que foi alimentada com milhões de imagens. Assim, quando você a manda gerar uma imagem de um cachorro, ela começa a procurar padrões no ruído aleatório. A magia da coisa é que depois que ela foi treinada com centenas de milhares de fotos de cachorros, ela aprendeu a reconhecer o CONCEITO de cachorro, não uma imagem específica. E como o ruído que é a base da imagem é aleatório, a IA vai identificar e recuperar uma imagem que NÃO EXISTIA ANTES.

* NOTA: “Inteligência Artificial” é um termo da moda, usado para garantir verbas de pesquisa, é a mesma coisa de quando todo projeto envolvia “nanotecnologia” ou “grafeno”.  A rigor o que chamam de Inteligência Artificial é basicamente estatística aplicada e Álgebra Linear, mas isso não tem o mesmo charme.

Este beagle aqui por exemplo, ele não existe. A mesa não existe. O parque também não. Ele foi gerado à partir do seguinte prompt:

“photo of a happy beagle on a picnic table,  highly detailed, intricate, full body shot”

Só isso.

Essa tecnologia permite que você crie qualquer imagem, independente de existir ou não, e ela é especialmente boa em imagens de aventura e fantasia. Imagens como estas abaixo são geradas em menos de dois minutos, isso na minha GPU capenga, uma arcaica GeForce 1050 TI com 4GB de VRAM. GPUs de verdade geram as imagens quase instantaneamente.

Já um bom artista ilustrador pode levar dias, até semanas pra produzir algo parecido.

Isso está deixando boa parte do mundo artístico em total neurose.

Como não há precedente legal para definir a propriedade desse tipo de imagem, sites como Getty e Shutterstock baniram imagens geradas por AI de seus catálogos. No Reddit várias subreditorias de arte proibiram o compartilhamento de imagens produzidas por IA, mas o mais inusitado foi a subreditoria r/dune, que baniu fan art criada por IA.

“small wooden hut in front of a lake with mountains in the background”

As discussões envolvem ética, criatividade, originalidade, artistas questionam se é arte se a peça é produzida por uma máquina, com apenas alguns comandos.

A bomba estourou quando um tal Jason M. Allen ganhou o primeiro lugar numa competição artística na Feira Estadual do Colorado, com esta pintura, “Théâtre D’opéra Spatial”. Problema: Ela foi feita via IA.

Artistas furiosos acusaram Allen de fraude, acusaram a IA de roubar empregos, e Mr Allen não ajudou muito ao declarar:

“Isso não vai parar, a Arte morreu, cara. A AI venceu, a Humanidade perdeu”.

E a coisa piora. Não são só os artistas reclamando da arte via Inteligência Artificial.

Alguns meses atrás imagens por IA pareciam uma curiosidade divertida, com algoritmos como o DALL-E e DALL-E Mini produzindo imagens “artísticas”, mas agora o Stable Diffusion produz imagens completamente realistas (de vez em quando).

Existe um mercado bem grande e competitivo de bancos de imagens, de onde vem 11 entre 10 CEOs de empresas fantasmas vendendo produtos chineses. São fotos sem muito mérito artístico, mas que cumprem funções de ilustrar matérias, ocupar posições genéricas em sites e servir de guias para a produção de imagens “de verdade”.

Nada disso existe.

Em sites como o Shutterstock, um pacote de 25 fotos não-premium sai por US$229, escritórios de design e portais fazem pacotes de assinatura, aí 750 imagens por mês custam US$299. Como comparar isso com uma IA que te gera fotos de graça?

Curiosamente, os fotógrafos estão reclamando à toa, eles mesmos decretaram, no final do Século passado, a morte da fotografia, tudo graças a este brinquedinho aqui:

A câmera digital com preços populares dizimou completamente o mercado de câmeras com filmes, e a chance de poder errar, de poder tirar muitas fotos com custo zero.

Antigamente toda casa tinha uma câmera, e só. Era usada em ocasiões especiais, como viagens e aniversários. A gente comprava filmes em rolos de 12, 24 ou 36 poses. Era comum não usar todas de uma vez, a câmera ficava na gaveta, e quando eventualmente esgotava o filme, aí mandávamos revelar. O que não era barato.

Quando o custo operacional da fotografia caiu a zero, a posição de fotógrafo perdeu sentido em vários ramos. Só rico contratava fotógrafo para festa infantil. Seguradoras quando iam inspecionar carros agora mandavam apenas o corretor, com uma câmera digital. Imobiliárias? Mandem um bucha com uma Casio e tá bom.

Chegamos a absurdos como jornais demitindo fotojornalistas e mandando os repórteres usarem seus celulares para registrar as matérias. Houve uma profunda reformulação na profissão de fotógrafo, mas esse gosto ruim que eles estavam sentindo era apenas karma.

A fotografia se tornou um hobby popular (ao menos entre os ricos) no minuto em que George Eastman lançou sua câmera Kodak, em 1888. O conceito era user-friendly num nível que influencia design de produtos até hoje.

A câmera tinha apenas um botão, o slogan era “você aperta o botão, nós fazemos o resto”.

Ela já vinha carregada com filme para 100 fotos. Custava US$780 em valores atuais. Como não existiam shopping centres na época, quando você terminava o rolo de filme, enviava pelo correio a câmera para a Eastman Dry Plate & Film Co, junto com US$312 (valores de 2022) e recebia de volta todas a fotos reveladas, impressas, e sua câmera recarregada pronta para ser usada.

Nos primórdios, estúdios fotográficos produziam às vezes a única imagem que uma pessoa faria na vida, era uma ocasião, mesmo entre os mais pobres, juntava-se dinheiro para fazer fotos.

Na metade do Século XIX todo mundo que era (ou queria ser) alguém tinha um Carte de Visite, o bom e (realmente) velho cartão de visita, geralmente com o nome da pessoa na frente e detalhes como endereço atrás. Alguns mais elaborados usavam ilustrações.

Eis que em 1854 um francês chamado Andre Adolphe Disderi patenteou um formato padrão de cartão de visita, 6.35cm x 10.16cm, junto com um equipamento para fotografar quatro imagens ao mesmo tempo, em uma única chapa fotográfica. Isso barateou e acelerou a produção de cartões de visita com fotos, e depois que Napoleão III atrasou a invasão da Itália para passar no estúdio de Disderi e fazer um lote de cartões, a moda pegou.

Em 1866, só na Inglaterra mais de 400 milhões de cartões de visita fotográficos foram vendidos.

Isso irritou muito os ilustradores que produziam retratos para cartões, e a indignação se juntou à grande polêmica da época: Será que essa nova tecnologia, a fotografia, é arte?

Spoiler: Até hoje há quem diga que “é complexo”, mas o surgimento da fotografia gerou reações viscerais.

Em 1859 Charles Baudelaire escreveu um textão™ descascando a fotografia. Aqui alguns trechos:

“Durante esse período lamentável, surgiu uma nova indústria que contribuiu não pouco para confirmar a estupidez de sua fé e arruinar o que restasse de divino na mente francesa.”

“Como a indústria fotográfica era o refúgio de todo aspirante a pintor, todo pintor mal-dotado ou preguiçoso demais para completar seus estudos, essa paixão universal trazia não só a marca de uma cegueira, de uma imbecilidade, mas também de um ar de vingança. (…) estou convencido de que os desenvolvimentos mal aplicados da fotografia, como todos os outros desenvolvimentos puramente materiais do progresso, contribuíram muito para o empobrecimento do gênio artístico francês, que já é tão escasso.”

“A fotografia é o inimigo mais mortal da Arte”

Em 1839 um pintor holandês alertou seus compatriotas:

“Foi encontrado um método pelo qual a própria luz solar é elevada ao posto de mestre de desenho, e representações fiéis da natureza são feitas em poucos minutos”

Um mercado foi imediatamente afetado: Ilustrações científicas. Custava caro registrar amostras colhidas em expedições científicas. Cientistas eram antes de tudo escritores, precisavam descrever em detalhes seus espécimes, e quando havia verba, levavam artistas para retratar ao vivo paisagens e animais.

Samuel Morse foi um dos que percebeu a superioridade da fotografia em retratar objetivamente a realidade:

“A minúcia requintada do delineamento não pode ser concebida. Nenhuma pintura ou gravura jamais se aproximou disso”

Alguns trabalhos eram magníficos, prefiro eles a fotografias.

Com o tempo, alguns pintores se tornaram fotógrafos nas horas vagas, outros ficaram felizes por não ter mais que fazer retratos, algo considerado uma tarefa inferior para um pintor. Algumas correntes continuaram odiando a fotografia, outras, como os impressionistas, passaram a adotar a fotografia como referência, muito mais fácil estudar uma foto de uma paisagem no conforto de seu ateliê do que ficar dias no frio e no vento encarando uma montanha.

Pictorialismo.

A pintura se afastava da fotografia, com movimentos como o dadaísmo, o expressionismo ou o cubismo. A fotografia por sua vez se diversificava, de imagens cruas e feias, foram desenvolvidas técnicas como soft focus e blur, que até foram adotadas por pintores.

No começo do Século XX surgiu o Pictorialismo, uma vertente da fotografia que era o oposto do lema da Kodak. No Pictorialismo a foto original era só a base do trabalho, eles usavam técnicas de revelação com produtos diferentes, alteravam focos, aplicavam cor em partes da imagem, redesenhavam no pincel alguns detalhes…

Isso, claro, gerou controvérsia, havia gente dizendo que isso não era fotografia de verdade, que não representava a realidade, e que estavam criando padrões irreais de beleza.

Sim, a mesma ladainha da turma que reclama de Photoshop em capas de revistas, e dos filtros do Instagram.

Os Pictorialistas ajudam a confundir o argumento da turma que dizia que a fotografia não podia ser arte, pois era trabalho de uma máquina. OK, a foto em si não é arte, mas quanto trabalho, quanta manipulação é preciso até ela se tornar arte?

Como IA não é arte?

Em 2014 o Guardian publicou uma matéria apimentada: “Chapadas, sem alma e estúpidas: por que as fotografias não funcionam em galerias de arte”. O argumento? Pinturas são complicadas e demoradas, fotos são fáceis de fazer. O que, diga-se de passagem, é uma postura imbecil. Qualquer idiota tira uma foto, eu tenho milhares delas, mas nunca terei talento para fazer uma foto como “A morte de um soldado”, clicada por Robert Capa durante a Guerra Civil Espanhola.

Enquanto corria a discussão se fotografia era arte ou não, a fotografia desalojava a arte medíocre, a arte simples. Ninguém precisava mais contratar um artista, mesmo fraquinho, para fazer retratos de família ou aquelas pinturas de entes queridos que iam em medalhões e broches. As novas versões vinham preparadas para receber fotografias.

Dos cartões de visitas a imagens de cenas de crimes, a fotografia, arte ou não, tirou lugar da pintura. Exceto em tribunais, onde a dificuldade das primeiras câmeras, os flashes comicamente tóxicos e barulhentos causavam perturbação demais, e mesmo agora, a tradição se manteve, então só desenhos, por favor.

Existe uma idéia errada de que as novas mídias matam as antigas, um belo exemplo foi a primeira transmissão da MTV, em 1º de agosto de 1981. A programação abriu com o clipe “Video killed the radio star”, do The Buggles, que é uma espécie de Anti-Radio Gaga, do Queen.

Adivinhem: A MTV hoje é História, ou absolutamente irrelevante, e a mídia que mais cresce é o streaming de áudio e o podcast, que são basicamente rádio. Rádio mal-feito, mas rádio.

As mídias FÍSICAS morrem e são sucedidas por versões melhores, mas a arte continua. Um livro escrito no Microsoft Word não é menos livro do que um escrito numa Remington, ou num pergaminho usando pena de ganso.

Uma linda ilustração feita num iPad Pro não é menos arte do que uma produzida com um aerógrafo, que por sua vez seria impensável para um artista da renascença, que a consideraria trapaça.

 A IA é Só Uma Ferramenta?

Eu não consigo desenhar uma linha reta sem uma régua. Aliás, nem com uma régua, mas consigo descrever cenários complexos e fantasiosos, mas até agora a única forma de transformar minhas idéias em uma forma visual seria contratando um ilustrador, o que diga-se de passagem é a coisa mais comum do mundo. Existem ilustradores especializados em story board, que trabalham com diretores criando imagens das seqüências do filme.

Há ilustradores especializados em arte conceitual, usada como base para a criação do visual dos filmes. Um dos mais famosos é Ralph McQuarrie, ele trabalhou em um ou dois filminhos pequenos…

Arte de Ralph McQuarrie

Tirando o desemprego, qual a diferença entre usar um ilustrador e usar uma IA? Do meu ponto de vista como cliente, ambos são ferramentas. A diferença é que a IA não tem as limitações de um humano. Ela pode por exemplo misturar estilos, imagine a Emma Watson, pintada por DaVinci, Van Gogh e um pintor hipotético que combine o estilo de ambos.

Como ferramenta a IA é uma Chave de Fenda Sônica, um Tricorder, um Interócito. Ela é limitada apenas pela imaginação de seus mestres. E pelos recursos de seu PC.

Entenda como quiser.

A matemática envolvida está além do meu alcance, e treinar os modelos usados está além do meu bolso, a versão 1.4 do Stable Diffusion consumiu 150 mil GPU-Horas e custou US$600 mil.

Mesmo assim com um pouco de inventividade é possível gerar modelos específicos. Essas imagens da Luciana Vendramini foram geradas à partir de um modelo treinado por mim, o que significa que agora posso gerar qualquer imagem dela que eu quiser. Mas não se preocupem, aprendi com Tio Bem, Grandes Poderes, Grandes Responsabilidades.

Oh yeah.

Nós temos uma ferramenta que se bem usada, pode ilustrar um jogo de fantasia, produzir fotos de produtos, prototipar cenas para pré-produção, criar todo tipo de fan-art. Uma ferramenta que vai dizimar campos inteiros de ilustradores, mas nem esse é o Mal pior. A IA tem um lado negro poderosíssimo.

O Lado Negro da Inteligência Artificial

Esqueça aquelas bobagens de que a IA vai dominar o mundo, Skynet, etc. Pra isso sempre podemos puxar a tomada da parede. A IA é bem mais sinistra no sentido de que pode ser usada para gerar todo tipo de imagens, com zero considerações éticas.

É possível produzir imagens para atacar adversários políticos. Um stalker determinado pode produzir milhares de fotos de revenge porn por dia. Fotos inocentes de políticos com eleitores com maus antecedentes podem popular perfis falsos do facebook.

Se não apertar 22 eu mato o cachorrinho, talkey?

No filme de 1971 O Homem de Papel um grupo de estudantes cria em um computador uma pessoa fictícia, para pedir cartões de crédito e gastar com sei lá o que estudantes universitários dos anos 70 gastavam seu dinheiro.

Não este.

Não, mentira, eram drogas, sempre drogas.

Hoje, com esses algoritmos de desenho, é possível criar uma persona virtual e colocá-la em todo tipo de situação cotidiana, legitimando sua existência.

Nenhuma dessas moças existe. Infelizmente.

Lembram daquele espião russo idiota se passando por brasileiro, que tinha uma presença mínima em redes sociais, claramente fake? Com o uso de IA a KGB poderia ter populado por anos os perfis dele, criando toda uma rede de personas falsas, interagindo entre si e com terceiros, tornando impossível identificar qualquer padrão suspeito nos perfis.

Assim que a fotografia surgiu, foi criada a trucagem. Stalin adorava se livrar de seus desafetos, literal e metaforicamente. Hoje com Photoshop, isso é trivial, e já é usado constantemente, mesmo com propostas menos stalinescas. Influencers já gostam de se photoshopar em lugares que nunca visitaram. Com a IA podem fazer isso com perfeição.

Para piorar, já existem projetos de IA para fazer com vídeos o que algoritmos como o Stable Diffusion fazem com fotos.

Na última temporada de Westworld, Dolores, uma das roboas da série está empregada numa empresa escrevendo histórias e criando personagens. A forma com que ela o faz é assustadoramente próxima do que fazemos hoje com imagens.

O Futuro Glorioso da IA

Em Jornada nas Estrelas, lá pelo Século XXIV, os tripulantes da Enterprise chegam na porta do Holodeck, descrevem o ambiente e a história que querem experimentar, e após alguns momentos o computador avisa “programa completo”.  Eles entram e experimentam um ambiente em imersão total, realidade virtual. Pois bem; aqui está o embrião do Holodeck, usando Stable Diffusion para criar mundos em Realidade Virtual, em tempo real:

Ao pessoal que diz que a IA é o fim da Arte, eu recomendo calma. A IA é sempre a ferramenta, ela produz o que é pedido dela, nada mais, nada menos. (às vezes menos). É preciso um artista para comandar a IA, e quanto melhor o artista, melhor o resultado. Lembre-se das sábias palavras de Sonny, o robô, em Eu, Robô:

Detetive Del Spooner: Os seres humanos têm sonhos. Até os cães têm sonhos, mas você não, você é apenas uma máquina. Uma imitação da vida. Um robô pode escrever uma sinfonia? Um robô pode transformar uma tela em uma bela obra-prima?

Sonny: Pode *você*?

É inútil para mim uma IA capaz de criar um Casablanca, se eu não consigo descrever um Casablanca, um Matrix, um Cinema Paradiso. Claro, eu ainda consigo colocar a Luciana Vendramini em Casablanca.

Só que eu sou eu. Imagine um Spielberg, um Gaiman, um Tarantino com acesso a uma ferramenta dessas, onde eles descrevem o filme e ele aparece diante de seus olhos.

Antigamente era preciso uma equipe de 200 pessoas para fazer uma batalha espacial convincente, entre modelistas, pirotécnicos, câmeras, ilustradores. Hoje basta um adolescente entediado e uma cópia do Blender.

Em alguns anos dirão que antigamente era preciso toda uma equipe para produzir um editorial de moda, hoje basta a autorização da modelo e algumas horas do diretor berrando ordens pro pobre estagiário operando o computador.

Eu não consegui ainda conceber as conseqüências dessa nova tecnologia, não sei os limites, onde isso vai parar. Confesso que estou até um pouco assustado, acho muito poder na mão de, bem, todo mundo. Mas assim como a Caixa de Pandora, é impossível recuperar seu conteúdo, depois de aberta.

E por falar em Pandora…

Fontes:



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