O Twitter da Dilma, ou “Obrigado, Esparro”
A última eleição no Brasil foi vista por muitos como “A” eleição das mídias sociais, com direito a “marketeiro do Obama”, candidatos soltando vídeos no YouTube, Orkutando e Tuitando pra todo lado.
Eu não discordo, embora ache que o alcance das redes sociais na terra onde se vota em troca de sapato e emprego pro filho ainda é limitado. Convenhamos, se Internet influenciasse tanto ninguém precisaria de boca de urna, a forma de divulgação mais idiota possível, e uma das que melhor funciona.
O que me assusta é que no Brasil, ao menos no nível do Poder Executivo as redes sociais são vistas como uma versão moderna da boca de urna, do santinho, do galhardete pregado no poste. A única vantagem para nós eleitores é que a Internet não fica suja como as ruas, depois das eleições.
O melhor exemplo é a campanha da Presidente Dilma. Lançado com pompa e circunstância seu pé nas redes sociais foi enorme, utilizando de forma correta as ferramentas Dilma amealhou centenas de milhares de seguidores, chegando a momentos de puro estadismo, quando trocou amabilidades com os adversários. Por um breve instante parecia que estávamos diante de uma Utopia, onde políticos trabalhariam de forma transparente.


