Acompanhando as várias discussões sobre profissionalização dos Blogs, me peguei repetindo o mantra de que o blog é uma nova mídia, com novas regras, etc, etc. Então, como sempre gosto de fazer quando percebo que estou em uma unanimidade, fui descobrir onde estava meu erro.
O Blog pode ser um novo formato de veiculação, mas suas regras não têm nada de novo, são muito bem conhecidas, basta pensar um pouco, e pensar grande.
Estamos falando de uma mídia onde:
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A audiência determina o sucesso ou o fracasso
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A monetização é passiva, você ganha de quem anuncia, não de quem consome
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A concorrência copia suas idéias mais rápido do que você imagina
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A periodicidade não é fundamental mas quanto mais atualizações melhor
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Pode haver ou não participação da audiência na formulação do conteúdo
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Marcas individuais podem se tornar tão ou mais fortes que o veículo
O Blog, minha gente, nada mais é do que a boa e velha televisão, mas você não é o Marcos Mion, você é o Roberto Marinho.
Essas analogias sempre falharam por excesso de humildade, sempre tentaram comparar o blog com um programa de TV, mas um programa depende de uma produtora e de emissoras que o distribuam.
No caso, nós temos em nossas mãos o meio e a mensagem. Da mesma forma que a Globo podia veicular Santa Missa em Seu Lar e Concertos para a Juventude, por serem de agrado de seu Presidente, você pode veicular seu blog, mesmo sem audiência. Não há pressão externa.
A analogia funciona melhor para quem tem vários blogs, mas mesmo com um só, é só imaginar que você é uma emissora com um só programa, como o Discovery na Semana do Tubarão.
É hora de estudar os erros e acertos dos executivos de TV, ao invés de reinventar a roda. As respostas estão todas lá.
Exemplos:
O dilema entre o blog específico e o de generalidades: Na TV, são programas como o Esporte Espetacular vs Gols do Fantástico.
O problema entre o blog muito popular e o elitizado: Na TV, é o Faustão baixando o nível para aumentar a audiência, e espantando os anunciantes.
Essa percepção foi um alento para mim, pois é muito mais fácil conquistar o mundo começando do Roberto Marinho do que do Marcos Mion.