Quando leio o Diário Secreto de Steve Jobs, assinado pelo fake Steve Jobs, a primeira imagem que tenho é do Grande Líder da Silva, d’A Companhia, que anda meio sumido, provavelmente tocando o lucrativo negócio de tráfico de órgãos.
Ambos escrevem com fina ironia, total absoluta e completa impunidade, dizendo o que suas contrapartes jamais poderiam dizer ao vivo, mas que muito provavelmente concordam. Algumas vezes o Fake Steve me lembra o autor do Blog do Saddam Hussein.
A diferença começa a aparecer quando percebemos que o Fake Steve escreve em inglês, para um público (e uma mídia) que conhece blogs, não tendo problemas em consumi-los. Isso facilitou muito sua penetração. (as brigas com os Linuxeiros também)
Agora descubro que o Fake Steve foi contratado para fazer um livro. Como é uma edição limitada de algo muito específico, uma paródia de um CEO do Vale do Silício, não estamos falando de contratos do nível daquela dona que roubou do Neil Gaiman escreveu Harry Potter.
Mesmo assim, dada a escala envolvida, a diferença de paises de novo se faz sentir. O Fake Steve Jobs recebeu US$75.000 de adiantamento. Não é nada perto do rendimento do verdadeiro Steve Jobs mas é mais que o dobro do que ganhava Al Bundy, por exemplo.
Isso com certeza deixaria o Grande Líder da Silva feliz. Ao menos cobriria as despesas d’A Companhia com cartões de visita e almofadas de carimbo.