* Aos que não conhecem, Polzonoff é um blogueiro do Triassico Intermediário que já abandonou o blog para nunca mais voltar umas oito vezes. Sempre faz uma carta de despedida dramática, seus leitores se debulham em lágrimas, e seis meses depois ele abre outro blog. Pensei que depois das primeiras sete vezes ele (ou os leitores) teriam aprendido, mas não.
Existe uma ilusão entre os candidatos a blogueiro profissional de que vão conseguir ganhar dinheiro escrevendo material de altíssima qualidade, digno da ABL. Muita gente (em algum momento, todo mundo) acha que seu texto rebuscado, suas considerações filosóficas sobre a Vida, o Universo e Todo o Resto serão postadas na Internet e imediatamente transformadas em Ouro.
Não é assim que funciona. Dan Brown e Paulo Coelho vendem muito mais que Saramago (apesar do hype em cima deste último).
Big Brother vai SEMPRE dar mais audiência do que qualquer coisa que o Discovery Channel passe. Escrever textos rebuscados, significativos, é apostar em nicho. Um nicho que dá credibilidade, exposição, mas não dá, nem de longe o dinheiro que dá escrever sobre Dicas do Orkut, por exemplo.
Yes, Virgínia, a elitização saiu pela culatra. Ao menos no meu caso. Com o fogo dos hypes, seguido da onda anti-hype onde éramos patrulhados incessantemente. Há chatos que caçam palavras que consideram “plantadas”, mesmo em textos com longas e sérias discussões sobre um conceito ou evento. A Associação Brasileira de Proteção aos Paraquedistas é pior que a PETA nisso.
Qualquer texto que remotamente possa induzir o visitante do Google a um clique já é haram, haram mortal.
Inconscientemente absorvi essa mentalidade, evitando postar sobre tudo que fosse moda. Pombas, nem acidentes de avião, que são minha tradicional fonte de renda, ganharam os posts merecidos.
Resultado? Queda de receita.
Ao mesmo tempo os blogueiros mais espertos perceberam que o dinheiro está nas salsinhas, não no leitor inteligente que consegue chegar à palavra 271 de um texto (Nada pessoal, não estou te chamando de duro, depois me pague um chopp e está tudo certo).
Ele se saíram com blogs caca-paraquedistas, deixando seus blogs “sérios” para a nobre tarefa de discutir a condição humana…
Aos membros da Associação Brasileira de Proteção aos Paraquedistas esses blogueiros deram uma magnífica resposta:
Pois é. Agora eu pergunto: desde quando eu me preocupo com o quê os idiotas pensam? Que fim levou o Cardoso que simplesmente responderia com “vá para o Inferno” alguém que reclamasse de meus blogs estarem “comerciais demais”?
No more Mr Nice Guy
É, cansei. Escrever aqui, escrever no MeioBit, escrever no Contraditorium Séries é divertido, mas a grana está nas Salsinhas.
Calma, não estou puxando um Polzonoff, não estou deixando a blogosfera para entrar para a História.
O objetivo aqui é avisar que estou entrando com tudo na caça ao dinheiro dos iletrados, das salsinhas, dos paraquedistas. Sem detrimento ao trabalho que já faço hoje estou lançando mais dois blogs:
O www.salsinhas.com, voltado para o que há de mais estúpido na condição humana, onde pretendo publicar as histórias absurdas que aparecem a cada dia. O segundo é o www.oracoes.net, onde publicarei rezas, materiais sobre santos, histórias inspiradoras e, claro, conteúdo de uma bíblia inteira. Que já está no ar.
É feio? Claro que é, mas convenhamos, se o Vaticano, o bispo macedo, o Dalai Lama e tantos outros ganham dinheiro explorando a fé alheia, por que não eu? Estou efetivamente provendo o conteúdo, não sou obrigado a acreditar nele.
Dos dois tenho mais esperança no Salsinhas, se conseguir mudar o meu estilo um pouco, indo mais para o kibesco. É fácil, só preciso desligar 90% do cérebro.
Os dois projetos são excelentes para quem quiser acompanhar o crescimento de blogs de nicho. As estatísticas de visitação estão inclusive liberadas. Para acompanhar as estatísticas do Salsinhas, use este link, já a do Orações.net, estão neste aqui.
Não sei quanto a vocês, mas eu adoro essa sensação de “começar de novo”, e na blogosfera podemos ter isso. E melhor que começar de novo, é começar de novo com mais experiência e ciente dos erros que cometeu.
Ah sim, se você acha mesmo que eu usei termos como “Big Brother” neste texto com intenção de atrair paraquedistas, VÁ PARA O INFERNO!