Sobre a proposta revolucionária que aceitei…

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2938267359-556112a0b3 Sobre a proposta revolucionária que aceitei…

Durante minhas peregrinações conheci em Buenos Aires a Mary-Jo, blogueira e jornalista, mas no bom sentido. Nessa de papo-vai, papo-vem, descobri que ela era co-editava informalmente mais ou menos a revista Windows Vista, mas não dei muita bola. Minha experiência com revistas é bem semelhante à do João Ubaldo Ribeiro, todo mundo quer de graça, dinheiro que é bom, nada.

Já recebi propostas geniais, teve gente chorando pitanga que estava começando, mas no futuro quando crescessem iriam “dividir o bolo” (você já ouviu isso). Sugeri então que me dessem uma página para veicular publicidade, anunciaria meus blogs, algo assim.

“Não dá, as páginas de anúncio estão todas vendidas”

Outro tinha um projeto maravilhoso de uma revista online, feita em HTML, na mão. Não tinham “tempo” de aprender a usar um WordPress ou Mambo. Também não tinham verba para comprar um domínio (a “revista” estava no HPG). Mas em breve iriam deslanchar. Com certeza.

Assim fiquei cautelosamente animado quando recebi um convite da Mary Jo para colaborar com a Windows Vista, mas como quase tudo na vida (yes, tirando da reta) deve ser experimentado ao menos uma vez antes de tomar uma decisão…

Pois bem; a Windows Vista é uma revista voltada para o público iniciante, que não é freqüentador de blogs como o MeioBit, o Fugita e tantos outros. Impressa em papel de qualidade (chupa, Info!) e não tem preconceitos, já estão acostumados a blogueiros por lá, o Nick Ellis mesmo já deu as caras com uma matéria. Eu colaborei com duas matérias no primeiro número que participei, três na edição que vai chegar às bancas e vem muito mais coisas por aí.

A parte revolucionária da proposta é que eles… PAGAM.

Isso mesmo. Você combina um texto, um valor, eles lêem, gostam e PAGAM.

Eu sei que é uma idéia revolucionária, muita gente vai ter dificuldade de entender mas eles PAGAM. Por algo que EU escrevi.

Céus, devia ter pensado nisso antes. Antigamente escrevia-se por prestígio, eu mesmo caí nesse golpe de uma editora picareta, assinando coluna e tudo sem ver um centavo.

Por enquanto a parceria está sendo bem interessante, agora que comecei a reorganizar meus horários e voltei a escrever nos blogs.

E antes que perguntem, não, a velha mídia revista não está ameaçada pelos blogs. São públicos diferentes, e mesmo quando o público é igual, é só lembrar que a REVISTA Wired (que compro religiosamente) é muito mais influente do que o site. O papel vai morrer? Vai, inevitavelmente. Conceitualmente a mídia impressa JÁ morreu.

Mas necrofilia é bom e eu gosto.

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