Num mundo sem mocinhos músicos também são mesquinhos

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Estamos vivendo um período intermediário no mundo da produção cultural, o advento da distribuição E produção digital mudou tudo. Em alguns anos teremos resolvido esses problemas, mas por enquanto temos gravadoras que não aceitam morrer, artistas que não sabem direito pra que lado ir, usuários que querem o conteúdo e vão consegui-lo de um jeito ou de outro…

A única constante é a ganância, que continua muito bem, obrigado.

Exemplo: Nos EUA um grupo está fazendo lobby junto ao Congresso em prol de legislação que regule os royalties de execução para mídia digital. No grupo temos gravadoras, publishers, artistas e compositores.

Os royalties de performance são os mesmos que no Brasil ficam sob controle do famigerado ECAD. É o dinheirinho que se paga cada vez que uma música é executada publicamente, seja em um elevador, em um seriado de TV ou em uma festa de aniversário.

Não é que quem criou/produziu a música não ganhe quando ela é vendida no iTunes. Ganham, uma fração bem maior do que na venda tradicional, aliás. O que não ganham é quando a música é executada em uma rádio online ou quando aparece em um filme baixado ou assistido via streaming.

Até aí tudo bem. Se há a cobrança desses royalties em outras mídias, é justo que sejam cobrados no meio digital. O que é mesquinho MESMO é que querem cobrar royalties de performance das músicas baixadas, o que é um absurdo. Não é uma execução, caceta, é uma venda. NÃO ganham royalties de performance na venda de CDs.

Pior: Compositores E gravadoras querem receber royalties de performance inclusive dos previews de 30s que o iTunes disponibiliza para você saber se a música é legal e vale a pena comprá-la.

Eu até diria que achei estranho gravadoras e artistas unidos assim, mas não só a necessidade, a mesquinharia também faz estranhos companheiros de cama.

Fonte: Ars Technica



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