Por mais que tenha sua influência junto à escumalha rebelde, o Kibeloco se compara a um Lando Calrisian, seu blog é uma operação insignificante, é Bespin comparado com o Império da Internet que Gera Conteúdo. E até ele se ofende ao ouvir o verbo kibar (kibar! kibar! kibar!, repitam).
Faz sentido, pois mesmo sendo sinônimo de plágio ninguém quer ser chamado de plagiador. Mas e quando a kibada é tão obscenamente descarada que supera tudo que o kibe já fez? Como caracterizar a tal Video Brinquedo?
Esse pessoal cuja originalidade já começa no nome se especializou em… Kibar a Pixar.
Você já deve ter visto, toda vez que sai uma animação da Disney, Pixar ou Dreamworks uma série de estúdios chineses de 5a categoria criam versões “semelhantes”. Como a Disney fazia uso de contos de fada, sem copyright, a farra comia solta. Com a criação de personagens originais, isso deveria parar, mas é confiar demais no ladrão.
O resultado são pais alienados que estragam o Natal dos filhos comprando versões kibadas genéricas dos filmes que eles viram no cinema. Pior: Compram, acham que os filhos devem entubar afinal “é tudo a mesma coisa” e ainda acham que saíram por cima, por pagar R$10 no que os otários que compram originais pagam R$50.
A surpresa é que muitos desses filmes kibados chineses são na verdade… made in brazil.
Os responsáveis são uma empresa cujo Modelo de Negócios é copiar (vai além de kibar, o conceito) os trabalhos de gente como Pixar, Dreamworks, Disney. Não é pirataria, não é uma honesta reprodução não-autorizada e posterior distribuição. Eles vão muito mais baixo: Chupam os conceitos, idéias e personagens.
Eu como fã de John Lasseter, Walt Disney, Walbercy Camargo e tantos outros que contribuíram para a Autêntica Felicidade Humana, nos entretendo com horas de magia e deslumbramento me sinto pessoalmente ofendido ao ver gente ganhando dinheiro chupando o trabalho alheio. E não é pouco. Uma abominação chamada “Ratatoing” vendem 60 mil cópias. “OS Carrinhos”, totalmente chupado de “Cars”, da Pixar, um dos filmes que mais me emociona até hoje, vendeu 310 mil cópias.
Uma crítica do “Ratatoing” no site ToonZone resume: “Se você comer uma cópia do pior desenho animado que imaginar, o que você cagar ainda será melhor que Ratatoing”.
NOTA: Não são só esses, também plagiaram Transformers, UP, vários da Disney, Kung Fu panda, etc, etc e blearrrgh etc.
Infelizmente há pouco que os Criadores possam fazer. No mercado dos EUA (onde atendem como Toyland) a Video Brinquedo mal arranha, sendo vendida nos Walmarts da vida pra população de pouca renda e nenhum discernimento. Já no Brasil a coisa muda de figura. Não só vendem MUITO como faturam inclusive com licenciamento. Sim, agora o pai espertão que acha que Carrinhos == Cars pode comprar ovo de páscoa e caderno genérico pro otário do filho, também.
Eles se explicam, se bem que pela cara de pau acho que era hora de lançarem uma versão de Pinóquio. Marco Botana, gerente de produto da Vídeo Brinquedo em entrevista para a Folha de SP:
“As temáticas são diferentes, as histórias não têm nada a ver com os filmes da Pixar”, explica. “As animações seguem ondas, teve uma de bichos da floresta antes, depois de bichos do mar, todos os estúdios embarcam, inclusive nós, à nossa humilde maneira.”
Não, Marcos, nada a ver. Eu que estou vendo coisas.
Estou muito revoltado, empresas assim são como parasitas nas asas de um anjo. Estão maculando algo BOM, estão tirando seu sustento do talento alheio, enganam crianças e pais e não criam NADA, faturando milhões enquanto gente de talento briga desesperadamente por visibilidade nos YouTubes da vida, sem a trapaça de chupar uma obra já consagrada.
Como consumidor, só posso fazer a minha parte: JAMAIS chegarei perto de algo “produzido” por essa empresa, e aumentarei a quantidade de produtos legítimos que compro. Se precisava de um incentivo para comprar meu Buzz Lightyear, é essa a hora. Obrigado, Video Brinquedo! Sua mediocridade vai render vários dólares no bolso da Pixar.
Fonte: Heavy.com