A FIA vem sistematicamente matando a Fórmula 1. As regras a cada anos tornam mais difícil inovação e pesquisa. Antes os carros eram tubos de ensaio de novas tecnologias. Câmbio Tiptronic, controle de tração, suspensão ativa, tudo que temos nos carros de rua hoje surgiu na F1.
Agora as equipes não poderão usar mais de 5 motores por temporada, estão limitadas a 100 kg de combustível por corrida, qualquer inteligência embarcada é limitada. Sem falar na redução de potência. Tudo para nivelar por baixo, dar “chance” aos pequenos e tornar um esporte competitivo em uma espécie de desfile de escola.
Para piorar, se renderam aos ecochatos e estão promovendo uma versão ecologicamente correta, chamada Fórmula E, com carros elétricos. Porque, você sabe, não são as dezenas de jumbos levando equipamentos, milhares de pessoas viajando pelo globo, milhares de litros de gasolina queimados pelos espectadores que vão aos autódromos. O GRANDE CULPADO é o motor do carro de Fórmula 1.
Vão resolver isso, com uma nova categoria, onde em teoria teríamos emoção, pois mal ou bem os carros fazem de zero a 100 em 3 segundos.
Na prática, não é bem assim. Pra começar, os carrinhos de Fórmula E chegam a uma velocidade máxima de 220 km/h. Um F1 atinge 350 km/h em alguns circuitos, e em um teste no Mojave um Honda chegou a 415 km/h.
Durante as corridas de FE, teremos uma pausa de 2h entre os treinos de qualificação e o começo da corrida, para… recarregar os carros. Cada corrida terá 2 pit-stops, mas como não dá para trocar as baterias, os corredores trocarão… de carro. A autonomia é de menos de 23 minutos. As corridas terão 45.
Para piorar, a maior vantagem dos carros elétricos é a MORTE para a emoção do automobilismo. Ouça o som mais bonito produzido pelo homem: o McLaren MP4/5 de Ayrton Senna, rugindo pelo autódromo de Suzuka, em 1989:
Lindo, não? Agora ouça este Ferrari V12, que MONSTRO. Lágrimas de pura testosterona descem dos olhos quando o sujeito acelera:
Agora compare com esta desgraça, um carro de Fórmula E sendo demonstrado em um circuito de rua em Moscow. Parece um animal ferido de morte, em profundo sofrimento. Alguma alma misericordiosa deveria dar um tiro na cabeça desse carro.
O pior de tudo é que essa pataquada percorrerá 10 países, já chamam as corridas de e-Prix.Mudaram o carro, o resto continua. Todos os gastos e custos ambientais do circo da fórmula 1, mas ao invés de corrida, uma grande palhaçada.
Claro, a geração criada com Chambinho Light e que curte a Hora do Planeta vai adorar.
Fonte: EG.