Lois Griffin – você comeria?

Compartilhe este artigo!

Há duas respostas possíveis aqui: Se você for homem muito provavelmente dirá coisas como “só se for agora”, “tou dentro”, “gostosa!”, etc. Mas se .você for mulher, a resposta mais provável é “como assim? É um desenho!”

Todo menino teve uma paixão secreta por uma personagem de desenho animado. Pode ser a Daphne, a Cheetara, até mesmo a She-Ra. O cérebro masculino é extremamente visual, e não tem problemas em imaginar, quando a referência visual não é exatamente “humana”.

É claro que praticar qualquer tipo de atividade sexual recreativa com um personagem animado é impossível, mas isso não nos impede de… bem… imaginar.

Já as mulheres eram muito mais pé-no-chão. Não lembro de meninas falando dos personagens de uma forma mais lasciva. Não lembro de ninguém babando pelo Príncipe Adam, pelo Fred. O máximo que vi foi demonstrações de afeto para o Scooby Doo, mas não no sentido que você pensou, seu pervertido.

Nota: O Musashi lembrou que meninas que curtem Anime costumam fantasiar sobre os personagens abertamente, mas é um nicho muito específico.

Essa capacidade de disassociação com o tempo evolúi para as mulheres de mentira de verdade. São as siliconadas, photoshopadas da Playboy e similares. A revista já publicou fotos de mulheres sem umbigo, e ninguém falou nada. Imagine se publicam um carro sem uma roda.

As mulheres reclamam que as modelos artificiais da Playboy não refletem a realidade, e que nenhuma mulher pode chegar a tal nível de perfeição, com pele inclusive sem poros. Dizem que tais ideais de beleza são irreais e que estamos sendo enganados.

Não estamos. Nós sabemos que aquelas mulheres não existem, e não deixamos de sair com as mulheres de verdade por isso.

Eu iria além: Não considero as mulheres da Playboy versões idealizadas, e sim versões fantasiosas. No bom sentido, fantasiar é bom. Não é porque você não casaria com uma aeromoça safada sem calcinha que transa com todos os passageiros, que você não gostaria de ser um desses passageiros. Não estamos levando em conta considerações morais de longo prazo. E se considerações morais não contam, vamos nos preocupar com estética?

É uma reação fisiológica, o cérebro masculino em situações sensuais tende a ver as mulheres como objetos. Não é culpa nossa, está na nossa programação, há inclusive um estudo comprovando isso.

Portanto não faz diferença se o objeto sexual diante de nós seja uma mulher de verdade, uma imagem photoshopada à exaustão ou mesmo a Lois Griffin. Isso explica porque toda uma geração de adolescentes apertava os olhos tentando ver a calcinha da She-Ra quando ela dava aquele chute giratório.

Nas imortais palavras de Jessica Rabbit, “Não somos maus, fomos desenhados assim”.

Nota: Se você inconscientemente objetifica uma mulher ou imagem feminina em situação sensual, você é um homem normal. Se você trata mulheres como objetos no dia-a-dia, você é um porco. Por favor morra.



Compartilhe este artigo!