Pai Cardoso prevê a maior subversão da História da Disney

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A Bela é a Fera é um dos filmes mais lindos da Disney. o primeiro em que a princesa não é um adereço de cena, completamente passiva na história. A Bela não é legal por ser bonita, ela é inteligente, corajosa, nobre, coloca a família acima de tudo, vence seus preconceitos e consegue enxergar que ainda havia algo bom por trás da Fera.

Eu saí do cinema extasiado, a Bela conseguiu tirar todo o gosto ruim deixado por aquela poia que foi a Vicki Vale no Batman do Tim Burton. A gente queria uma Ripley, ele me coloca uma inútil de uma Kim Bassinger que só sabe gritar, é refém profissional e literalmente um peso morto.

Sim, claro que pra um nerd com problemas, muitos problemas a idéia da princesa enxergando algo bom dentro de você e te mostrando todo um mundo novo (ok, isso é Aladdin) ressoou forte. Bela foi a primeira de minhas muitas (ficcionais ou não, em maioria ficcionais) Manic Pixie Dream Girls. Só uma coisa me perturbou: No final a Fera ter virado o Príncipe. Foi como se tivessem jogado fora toda a mensagem do filme. Tudo sobre o que importa é o que está por dentro, que coração e caráter tornam mesmo uma Fera alguém nobre, foi tudo por terra.

O mais engraçado é que a Disney sabia disso, mas não teve coragem de mudar o final. Quer uma prova? Se você for na  Disney Store, vai achar um monte de produtos sobre o filme. Até o Chip, a chicrinha xicrinha xicarazinha o filho da Madame Samovar você acha pra vender. O que é raríssimo de se encontrar é isto:

Há pouquíssimo material com o Príncipe Eric. Quase zero. A rejeição é altíssima. NENHUMA menina histericamente apaixonada pelo filme (e aí me incluo) dá a mínima pro príncipe. As crianças entenderam a mensagem, mas a Disney não teve coragem de acreditar no que suas pesquisas de pré-lançamento disseram, e no final a Fera vira um Gaston medicado.

Curiosamente bonecos do Gaston não faltam, ele é um ótimo vilão, Walter Elias Disney sempre falou que sem um bom vilão não há história, todos adoram odiar o Gaston.

A ousadia que a Disney não teve foi demonstrada em 2001, quando a Dreamworks lançou sua espetada no Império do Rato: Shrek:

A história da Bela e a Fera foi subvertida totalmente, a Maldição de Fiona não era virar um Ogro de noite (kibe de Ladyhawke, eu sei) mas sim ser princesa durante o dia, mesmo tendo nascido princesa ela era aventureira desbocada mandona decidida e chutava bundas. Quando a maldição é quebrada, e ela assume permanentemente a forma de ogro, por um momento não entende, pois acha que não está mais bonita. Shrek então diz que ela está linda.

Essa ousadia faltou à Disney, mas eu acho, apenas acho que agora isso vai mudar. Vem aí, caso você não saibam, uma versão live action d’A Bela e a Fera, com a minha linda e amada Mione.

Eu sei que é perigoso fazer previsões assim, ao contrário dos videntes da televisão meus leitores não são retardados com memória de Dory que esquecem todas as previsões erradas, mas me arrisco mesmo assim e digo:

Dia 17 de Março todo mundo vai ser surpreender quando no final a Fera permanecer Fera, não vai virar o Príncipe Eric. Aquela biba.

Isso mesmo. A Disney vai mudar o final, e todo mundo vai adorar. Eu cantei essa pedra primeiro.

PS: Antes que alguma feminista de Facebook apareça com aquele mimimi dizendo que a história é “Síndrome de Estocolmo”, já deixo a resposta nas imortais palavras de Bill Maher: GO FUCK YOURSELF.



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