Ele até disfarça, mas no fundo é um analfabeto funcional

lulala2_thumb%5B1%5D Ele até disfarça, mas no fundo é um analfabeto funcional

É algo muito frustrante, a sensação é atirar pérolas aos porcos. São citações, referências, construções originais, frases da mais fina (e nem tão fina) ironia, duplo sentido, formando um texto rico, para ser lido com  a cabeça inclinada, procurando nas entrelinhas.

Aí vem um corno, via Google, olha o título da bosta do texto, tira todas as suas conclusões e escreve um comentário cheio de som, fúria e erros de português, ortografia, gramática, lógica, bom-senso e conhecimentos gerais. Alguns são tão patéticos que conseguem errar o próprio nome.

Fugindo do Inferno (astral)

  Minha sorte habitual não é lá grande coisa, mas de vez em quando capricha. Depois de conseguir trocar uma grana do PayPal e orçar um micro com as características…

Blog, assim como sexo, é prazeroso sozinho mas comercialmente tem que envolver mais de um.

drgori_thumb Blog, assim como sexo, é prazeroso sozinho mas comercialmente tem que envolver mais de um.

Cardoso, compenetrado (epa!) visualizando a expansão de seu império.

 

Acompanhando os blogueiros profissionais nos EUA, reparei que quase nenhum tem apenas um blog. Alguns chegam a 15 blogs. O bom-senso nos faz achar que isso é loucura, tomar conta de dez blogs não faz o menor sentido.

Só que todo mundo que sempre viveu baseado no bom-senso e no que “todo mundo sabe” nunca inovou, sempre respeitou demais as regras para ousar quebrá-las. Eu não creio que alguém tenha ficado rico assim. Vamos esquecer o bom-senso, vamos pensar em como adequar uma rotina de trabalho de 40 horas com um modelo de… 10 blogs. Acompanhe, o resultado é surpreendente. Eu mesmo me assustei.

O Post, assim como a baitolice, é um caminho sem volta

VILLAGE_PEOPLE_1_tn O Post, assim como a baitolice, é um caminho sem volta

É comum ver casos onde a gente escreve um post, se arrepende e depois conserta. Acontece todo o tempo. Só que isso é apenas uma ilusão. A Crueldade Natural do Universo, que rege fenômenos como o lado da manteiga caindo para baixo, o sumiço dos táxis na chuva e sua mulher pegar o celular na hora que a estagiária ninfeta liga pra você determina que quanto mais inoportuno o conteúdo do post apagado, mais chances ele tem de existir em outro lugar.

Imagine que você faça um post comparando sua ex a uma vaca (não que eu fizesse isso, sou um gentleman). Tempos depois se arrepende, apaga o post. Tranquilo, não? Caso encerrado.

Uma pinóia. Existem alguns recursos que podem reverter uma página apagada ou mesmo modificada.

Vende-se este blog. Tratar aqui.

vendese%5B10%5D Vende-se este blog. Tratar aqui.
imagem encontrada no blog Os Vigaristas

O problema não é nem quem queira comprar. Os portais vivem atrás de conteúdo, basta um pouco de marketing pessoal, uma boa visitação e os convites aparecem. O problema é outro: O quê você está vendendo?

Se você tem um blog como o MeioBit, onde um grupo variável de autores segue uma linha editorial e há uma “filosofia” que pode ser replicada, é possível precificar esse know-how, colocá-lo no papel e repassá-lo para um comprador. Além de uma marca, você vende a receita do bolo.

Só que a maioria dos blogs não é assim. Blogs como o Contraditorium são obras individuais, vender a marca não faria sentido. Imagine o Jô Soares 11:30 vendido para a Record, sem o Jô Soares. Imaginem o Programa Sílvio Santos sem o Sílvio Santos (ok, o Gugu apresentou por um tempo mas você entendeu).

O blog individual sozinho não funciona como um produto, ele está intimamente atrelado ao dono. Nenhum portal, mesmo no tempo da bolha compraria um blog individual sem o indivíduo.